Mais uma vez o telefone toca na agência literária fictícia criada por Marisa Moura. Depois de atender diferentes tipos de autores, editores, uma agente concorrente e até um parecerista traumatizado, a misteriosa telefonista fica atende uma conhecida editora e não consegue esconder a empolgação. Até porque não é todo dia que uma pessoa que editou obras de autores como Augusto Cury, Erico Veríssimo, Hilda Hilst, María Adelaide Amaral, Mary del Priore, Paulo Coelho e Rubem Alves liga para a agência literária.
— Agência Literária, boa tarde.
— Por favor, a agente está?
— Quem gostaria?
— A Ota.
— Ota! A que editou vários autores importantes. Será que consigo falar de alguns em ordem alfabética? Vou tentar: Ana Claudia Ramos, André Neves, Augusto Cury, Claudia Matarazzo, Edy Lima, Erico Veríssimo, Federico Moccia, Ferréz, Hilda Hilst, J L Borges, Luciana Savaget, Manoel de Barros, María Adelaide Amaral, Mary del Priore, Paulo Coelho, Percival de Souza, Ricky Martin e Rubem Alves. Acertei?
— Sim. Mas a agente...
— Que honra falar com a senhora! Por favor, conta para mim como é trabalhar com tantos autores tão importantes.
— Conto sim. Um dia você faz um café e gole a gole vou contando.
— O café já está pronto, pode vir. Passaria o dia todo ouvindo suas histórias.
— Obrigada, mas pode passar para agente?
— Claro. Agente, a Ota.
— Ota, que bom falar com você.
A formação de Marisa Moura começou pela graduação em Letras na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, onde assumiu sua paixão pela literatura, da criação à produção. Marisa sentia necessidade de aprofundar-se em Marketing Cultural para Literatura Brasileira, o que fez no mestrado da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Com a ideia fixa de trabalhar com literatura brasileira, abriu a sua agência, a Zigurate, em 1994 e não parou mais. Sua coluna reflete sobre o trabalho do agente literário, um profissional atuante nas negociações de direitos autorais internacionais e nacionais e já presente no mercado editorial
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