Publicidade
E o telefone toca 19
PublishNews, Marisa Moura, 27/07/2021
Marisa Moura dá continuidade à saga da funcionária misteriosa que dessa vez parece preocupada com as mudanças no mercado do agenciamento literário

E mais uma vez o telefone toca na agência literária fictícia criada por Marisa Moura. Na crônica dessa semana, a misteriosa atendente está preocupada: a agente comprou computador e telefone novos e o medo é que ela não será mais útil no negócio. "Você sabe onde a máquina entra o empregado é posto para fora. Vou ser mandada embora", diz ela na sua nova chamada. O que será que está acontecendo?

— Bom. Dia. Agência. Literária.

— Que tristeza é essa, Faxi?

— Oi, Leo, estou com umas caraminholas na cabeça. Tem coisa estranha no ar da agência.

— E você acha que é coisa grave?

— Muito grave, Leo.

— Agora, você me deixou preocupado. Afinal o que está acontecendo aí dentro?

— Presta atenção.

— Presto.

— Chegou um computador novo!

— E isso é grave?

— Mas não foi só isso não, tem mais.

— E o que é?

— Chegou um tablete com chip de telefone.

— Sei Faxi. Mas onde está o grave?

— Leo, você é inteligente. Você sabe onde a máquina entra o empregado é posto para fora. Vou ser mandada embora.

— Faxi, computador e tablete só funcionam se tiver alguém na frente deles.

— E aí Leo, você quer que eu acredite que esse ser humano vai ser eu? Tolinho.

A formação de Marisa Moura começou pela graduação em Letras na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, onde assumiu sua paixão pela literatura, da criação à produção. Marisa sentia necessidade de aprofundar-se em Marketing Cultural para Literatura Brasileira, o que fez no mestrado da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Com a ideia fixa de trabalhar com literatura brasileira, abriu a sua agência, a Zigurate, em 1994 e não parou mais. Sua coluna reflete sobre o trabalho do agente literário, um profissional atuante nas negociações de direitos autorais internacionais e nacionais e já presente no mercado editorial

** Os textos trazidos nessa coluna não refletem, necessariamente, a opinião do PublishNews.

[27/07/2021 09:00:00]
Leia também
A misteriosa funcionária da agência literária fictícia criada por Marisa Moura é promovida e agora ela precisa entender tudo sobre a Lei dos Direitos Autorais e já pintou a primeira dúvida.
Mais uma vez, o telefone tocou na Agência fictícia criada por Marisa Moura. Do outro lado, uma raridade: uma pessoa com nome, sobrenome e correspondência no mundo real: o editor Pascoal Soto.
Dessa vez, a serelepe funcionária da agência fictícia criada por Marisa Moura atende um autor desesperado porque fez algo que não devia ter feito e agora precisa avisar à agente e não sabe como fazê-lo
Dessa vez, a misteriosa telefonista atende uma editora com mais de 30 anos de experiência no mercado editorial
No décimo quinto episódio da série criada por Marisa Moura, a já conhecida telefonista da agência literária fictícia atende um leitor crítico traumatizado
Outras colunas
Nos mercados mais maduros, a sustentabilidade editorial já é vista como parte da estratégia de negócio
Educadora, palestrante, pesquisadora e consultora, com vivência LGBTQIAPN+ e amparada por livros, costura caminhos autorais para apoiar empresas
Espaço publieditorial do PublishNews apresenta uma novidade, com edições na Uiclap e no Clube de Autores
Laura Capelhuchnik mediou mesa sobre experiências e desafios no mundo dos podcasts que usam a literatura como matéria-prima
Todas as sextas-feiras você confere uma tira dos passarinhos Hector e Afonso