E mais uma vez o telefone toca na agência literária fictícia criada por Marisa Moura. Na crônica dessa semana, a misteriosa atendente está preocupada: a agente comprou computador e telefone novos e o medo é que ela não será mais útil no negócio. "Você sabe onde a máquina entra o empregado é posto para fora. Vou ser mandada embora", diz ela na sua nova chamada. O que será que está acontecendo?
— Bom. Dia. Agência. Literária.
— Que tristeza é essa, Faxi?
— Oi, Leo, estou com umas caraminholas na cabeça. Tem coisa estranha no ar da agência.
— E você acha que é coisa grave?
— Muito grave, Leo.
— Agora, você me deixou preocupado. Afinal o que está acontecendo aí dentro?
— Presta atenção.
— Presto.
— Chegou um computador novo!
— E isso é grave?
— Mas não foi só isso não, tem mais.
— E o que é?
— Chegou um tablete com chip de telefone.
— Sei Faxi. Mas onde está o grave?
— Leo, você é inteligente. Você sabe onde a máquina entra o empregado é posto para fora. Vou ser mandada embora.
— Faxi, computador e tablete só funcionam se tiver alguém na frente deles.
— E aí Leo, você quer que eu acredite que esse ser humano vai ser eu? Tolinho.
A formação de Marisa Moura começou pela graduação em Letras na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, onde assumiu sua paixão pela literatura, da criação à produção. Marisa sentia necessidade de aprofundar-se em Marketing Cultural para Literatura Brasileira, o que fez no mestrado da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Com a ideia fixa de trabalhar com literatura brasileira, abriu a sua agência, a Zigurate, em 1994 e não parou mais. Sua coluna reflete sobre o trabalho do agente literário, um profissional atuante nas negociações de direitos autorais internacionais e nacionais e já presente no mercado editorial
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