A Livraria da Vila inaugura nesta terça-feira (30) uma loja em Ribeirão Preto (SP), dentro do Shopping Iguatemi (Av. Luiz Eduardo de Toledo Prado, 900 - Ribeirão Preto / SP). Com 314 m² a unidade começa a operar com oferta de 21 mil itens entre livros, jogos, brinquedos e artigos de papelaria. A partir de amanhã, a rede passa a contar com 18 endereços. “Estamos muito felizes e orgulhosos de chegar a Ribeirão Preto, uma das cidades com melhor qualidade de vida do Brasil. Não bastasse ser polo universitário, industrial, agrícola e de serviços, Ribeirão produziu dois craques como Sócrates e Raí, sem falar do incomparável chopp do Pinguim”, afirma Samuel Seibel, presidente da Livraria da Vila. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O crescimento dos serviços de streaming levou a um outro movimento que já acompanhamos há alguns anos: as adaptações literárias para o audiovisual. O tema foi discutido no Podcast do PublishNews em fevereiro, com a participação de Carina Rissi e Rodrigo Teixeira, produtor da RT Features. Como ainda há muito a ser discutido, conversamos dessa vez com Tiago Mello, sócio e produtor executivo da Boutique Filmes, responsável – dentre outras produções – pela série 3%, um dos maiores sucessos da Netflix de língua não inglesa. Em uma conversa didática, Tiago começou explicou como funciona a compra de direitos das obras que escolhe adaptar. “Temos uma equipe de desenvolvimento e negócios que fica o tempo inteiro lendo livros e falando com o scout literário. Estamos sempre ligados sobre o que está acontecendo em diversos gêneros”, contou. A Boutique Filmes já comprou, por exemplo, os direitos do livro Rota 66, do jornalista Caco Barcelos; Os 12 signos de Valentina (Galera), obra de Ray Tavares que a produtora estava de olho desde quando foi lançada no Wattpad; e ainda tem em mãos os direitos de Véspera (Record), de Carla Madeira, e Solitária (Companhia das Letras), de Eliana Alves Crus. “Os livros são parte essencial da nossa estratégia hoje em dia”, admitiu Tiago, lembrando que é importante que autores e editoras entendam que esse processo de conversão se trata de uma nova mídia. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota e ouvir o programa.

A argentina Camila Sosa Villada é a terceira autora confirmada na programação da 20ª edição da Flip - Feira Literária Internacional de Paraty, marcada para o período de 23 a 27 de novembro. O evento já havia anunciado a norte-americana Saidiya Hartman e a brasileira Cida Pedrosa. Durante a feira, Camila deve lançar mais um livro no Brasil, Sou uma tola por te querer, que sai aqui pela Planeta. O livro é definido como uma coletânea de nove histórias que giram em torno de personagens ao mesmo tempo extravagantes e comuns. Formada em Comunicação Social e Teatro pela Universidade Nacional de Córdoba, Camila produz relatos a partir do seu universo de mulher trans. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

No noticiário do fim de semana, o Valor trouxe a autora espanhola Irene Valejo, best-seller internacional com O infinito em um junco (Intrínseca), uma obra que conta a história do livro, de antes da Biblioteca de Alexandria até o universo digital. Estas duas pontas distanciadas pelo tempo se unem por meio de uma narrativa rica de informações culturais e históricas. Na Folha, a coluna Painel das Letras informou que dois textos clássicos de autores canônicos saem repaginados em volumes mais encorpados que meras reedições. O primeiro caso é Cartas a um jovem poeta,(Planeta), talvez a principal obra do alemão Rainer Maria Rilke, em que ele se dirige já como escritor consagrado ao aspirante Franz Xaver Kappus, com conselhos que se tornaram referência na literatura pelo século seguinte. Já o mineiro Autran Dourado, vencedor do Camões morto há dez anos, terá seu Ópera dos mortos incluído no catálogo da HarperCollins, que já havia editado Os sinos da agonia. O Globo trouxe uma reportagem sobre a mudança de um tipo de papel usado para a impressão do livro, o que contribui para o preço das publicações subirem. O papel pólen soft, aquele de cor creme e macio ao toque, vem sendo substituído pelo pólen natural, mais acinzentado e um pouco mais áspero. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Foi divulgada no último sábado (27) a relação de vencedores do 38ºTroféu Ângelo Agostini, tradicional prêmio de quadrinhos. Ele é organizado pela Associação de Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-SP). Assim, é possível dizer que o prêmio foi “colocado em dia”, depois de ser adiado no ano passado pela pandemia de coronavírus. No mês de março houve a premiação da 37ª edição correspondente ao ano de 2021, premiando obras lançadas em 2020. Agora, o cronograma foi reestabelecido, com a premiação para trabalhos publicados em 2021. O vencedor de Melhor Lançamento foi Confinada [imagem], de Leandro assis e Triscila Olivira, lançado pela Todavia. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Colleen Hoover é a maior vendedora de livros do planeta neste ano, isso todo mundo já sabe. É assim que acaba (Galera Record) não desgruda do pódio da Lista do Mais Vendidos do PublishNews há meses. No dia 17 de julho, foi notícia aqui no PN que a autora estava com cinco livros entre os dez livros mais vendidos nos EUA, segundo o site Publishers Weekly, maior fonte de notícias do mercado livreiro norte-americano. Pois bem. A notícia agora é que Hoover pulverizou mais um recorde. Na lista divulgada nesta segunda-feira (29), apurada pelo NPB Bookscsan, Colleen Hoover tem seis obras no top ten daquele país. É assim que acaba segue puxando a fila, com 75.994 cópias vendidas. Clique no Leia mais para acessar a integra desta nota.

Depois de oito anos de expectativa, vai finalmente sair do papel a adaptação cinematográfica de Barba ensopada de sangue (Companhia das Letras), romance do escritor Daniel Galera. O diretor Aly Muritiba, de Ferrugem e Deserto particular, comemorou no Twitter o sinal verde para as filmagens. Os direitos do livro estavam desde 2013 com Rodrigo Teixeira, produtor brasileiro indicado ao Oscar pelo sucesso internacional Me chame pelo seu nome e concorrente à Palma de Ouro no último Festival de Cannes com Armageddon time. Muritiba já fez dez tratamentos para o roteiro. O filme terá no papel principal Gabriel Leone, de Eduardo & Mônica. Barba ensopada de sangue, quarto romance de Galera, foi lançado em 2012 e ganhou o Prêmio São Paulo de Literatura no ano seguinte. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A sétima edição do Prêmio Kindle de Literatura revelou os integrantes do júri especial para o evento. Ana Maria Gonçalves, Jeferson Tenório e Sueli Carneio irão ler e analisar as cinco obras finalistas, cabendo ao trio a escolha do grande vencedor, que receberá R$ 40 mil em dinheiro e R$ 10 mil em adiantamento pela versão impressa do livro pelo Grupo Editorial Record. As inscrições para o concurso terminaram neste domingo (28). Os concorrentes publicaram seus livros via KDP – Kindle Direct Publishing, a plataforma de autopublicação da Amazon. Os títulos devem ser romances originais em português do Brasil, inéditos, e estão submetidos exclusivamente ao Kindle durante o período do prêmio. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O curso "Vida do Livro", criado por Daniel Lameira, inicia sua nova edição no dia 08 de setembro. A partir desta data, o curso direcionado para quem quer entender o mercado editorial apresenta seu percurso por todas as áreas do setor, abordando temas como coordenação editorial, agenciamento, clubes de leitura, marketing, influenciadores, tradução, audiolivros, produção, crowfunding, vendas, logística, autopublicação, entre outros. Nesta edição, além as quatro aulas ministradas por Lameira, há outras 24 com profissionais renomados para trazer um panorama completo do mercado. Entre os profissionais participantes estão nomes como Aline Bei e Stefano Volp (escritores), Raquel Cozer (diretora editorial da HarperCollins), Gustavo Faraon (Dublinense), Lucia Riff (Agência Riff), Vagner Amaro (Malê), Caetano e Rogerio Galindo (tradutores), André Castro (consultor financeiro), Daniel Louzada (Livraria Leonardo da Vinci) e Joana de Conti (Bookwire). As inscrições podem ser feitas clicando aqui. E para saber mais detalhes sobre o curso e o mercado editorial, é só ouvir o Podcast do PublishNews com a participação de Daniel.

O escritor Marcelo Rubens Paiva realiza logo mais, às 19h, na Ria Livraria (Rua Marinho Falcão, 58, Sumarezinho – São Paulo / SP), o lançamento de seu novo romance, Do começo ao fim (Companhia das Letras, 192 pp, R$59,90), um livro sobre a busca do primeiro amor. Nele, o autor de Feliz ano velho conta a história de uma relação que é interrompida na juventude e retomada décadas depois. Aos 18 anos, o narrador da história conhece Lívia, que estudava engenharia na Unicamp. Vinha de uma família rica de Campinas e havia se inscrito num curso de francês na universidade para conseguir ler as revistas de moda. Eles eram muito diferentes, mas nada os impediu de se apaixonar. O romance foi intenso, assombrado por medos difusos e muita inexperiência, até o dia em que Lívia o deixou. Agora, com um casamento desfeito e uma vida que parece estagnada, o narrador recebe uma carta que irá reavivar o passado. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Logo mais, às 19h, Renata Costa estará na Livraria da Travessa de Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 97 – Rio de Janeiro / RJ) para lançar o livro Leitura cria mundos (Oficina Raquel). Ex-secretária-executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) e candidata a deputada federal pelo Cidadania, Renata narra na obra a sua relação simbiótica com o universo dos livros. “O livro retrata a minha trajetória enquanto gestora pública da área do livro e da leitura. Relembro algumas memórias que me levaram a ocupar a cadeira de Secretária Nacional do PNLL e todo os frutos colhidos neste caminho pela militância em prol do livro e da leitura, sempre tendo a educação, o amor pelas bibliotecas e a bibliodiversidade como base”, afirma. Ela, que atualmente é gestora do projeto “Palavralida”, iniciativa sobre livros, leituras e leitores, explica que a publicação apresenta ainda reflexões sobre o papel das bibliotecas, dos professores, dos mediadores de leitura em geral e dos demais componentes da cadeia do livro. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Idealizada pelo empresário Carl G. Fisher em 1912, a estrada Lincoln foi a primeira a atravessar os EUA de ponta a ponta. Partindo da cidade de Nova York e chegando a San Francisco, a rodovia tem mais de 5.400 km e corta mais de dez estados. Esse é o itinerário que os irmãos Watson resolvem percorrer no novo romance de Amor Towles, A estrada Lincoln (Intrínseca, 576 pp, R$ 99,90 - Trad.: Regina Lyra). Em junho de 1954, Emmett Watson deixa o programa de recuperação para jovens infratores, no Kansas, onde passou os últimos 15 meses, e é levado de carro para casa, em Nebraska, pelo seu tutor. Ao chegar, porém, descobre que os bens da família, incluindo a propriedade em que mora, foram tomados pelo banco após a morte recente do pai. Sem ter onde ficar e com um passado do qual não se orgulha, tudo o que Emmett deseja é pegar o irmão mais novo, Billy, e recomeçar a vida em outro lugar. Os irmãos decidem dar início a uma longa jornada em busca da mãe, que os abandonou anos antes, mas logo são surpreendidos por dois amigos da instituição onde Emmett cumprira pena: o carismático Duchess e o nada convencional Woolly, que fugiram escondidos no porta-malas do carro que trouxera Emmett. Enquanto os irmãos Watson almejam chegar a São Francisco, um possível paradeiro da mãe, Duchess e Woolly têm outros objetivos.

Em uma fazenda em Pretoria, na África do Sul, no fim dos 1980, Rachel Swart, em seu leito de morte, pede ao marido que prometa transferir para a empregada Salome a propriedade da casa em que mora. A filha mais nova, Amor, é testemunha de que seu pai garantiu à esposa que cumpriria a promessa. Pretoria, 1995. Nelson Mandela é presidente do país, e a família Swart está reunida mais uma vez, agora para o enterro do patriarca. Amor e seus irmãos são praticamente desconhecidos um para o outro. Assombrados por uma promessa não cumprida, eles acabaram se distanciando após a morte da mãe. À deriva, a vida dos três transcorre pelos caminhos da África do Sul. Anton é um rapaz brilhante, mas se ressente de tudo o que poderia ter conquistado; Astrid tem na beleza seu maior poder; a caçula Amor carrega a culpa por seus familiares não terem honrado com a palavra que a mãe deu a Salome. Ao longo de três décadas e reunida por quatro funerais, a família cada vez menor reflete a atmosfera de seu país – um misto de ressentimento, renovação e, sobretudo, esperança. Além de ter vencido o Booker Prize de 2021, A promessa (Record, 308 pp, R$ 69,90 – Trad.: Caetano W. Galindo), de Damon Galgut, foi considerado o livro do ano pelo Sunday Times, Guardian, Observer e Daily Telegraph.

Durante o gélido inverno de 1945, a família Von Globig vive tranquilamente em um casarão aristocrático cercado de neve na fronteira com a Rússia. Sem perder muito conforto, puderam ignorar tanto a ascensão do nazismo como o impacto da guerra. O patriarca está com um emprego burocrático na Itália, a matriarca parece viver em uma realidade paralela, e uma tia bota ordem na casa, coordenando empregadas estrangeiras. No entanto, com a aproximação das tropas russas pelo Leste, esta família que sempre buscou se manter isenta e distante das questões políticas precisará enfim encarar o turbilhão da história. Com uma prosa singela, dividida em pequenos blocos, o leitor acompanha com angústia a passividade dos Von Globig, no aguardo para que a espera enfim se rompa e que esta família compreenda que o acerto de contas com o nazismo é inescapável. Por mais de duas décadas, Walter Kempowski compilou relatos orais de testemunhas do Terceiro Reich em uma coleção de dez volumes. Em Tudo em vão (DBA, 440 pp, R$ 89,90 – Trad.: Tito Lívio Cruz Romão), transformou parte de sua vasta pesquisa de campo em ficção, oferecendo um retrato complexo de cidadãos comuns que descobrem que a neutralidade é impraticável em tempos violentos.

A obra narra um relacionamento que começa nas redes sociais e logo é permeado por uma gravidez não planejada. Juntos, “eu” e “você”, personagens do livro, entendem os passos que trilham para a vida a dois. Desafiam angústias, crises de ansiedade, a dificuldade de começar no mercado de trabalho e de deixar a casa dos pais. Tudo isso envolvido com um amor sincero, que lida com percalços e a dúvida de conviver ou não com outro dentro de si. O livro é baseado em diferentes vivências de pessoas próximas que acabaram construindo os dois personagens que protagonizam a história”, conta a autora Deborah Sargentelli. Quando eu conheci você (Maat, 204 pp, R$ 55) reflete de forma poética as dores da entrada na vida adulta. Do poder das escolhas e das consequências que elas trazem – para a nossa vida e a dos outros. As ilustrações são de Ana Cecília Menescal.