Mergulhando em raízes, credos e costumes da primeira capital brasileira, o enredo do amor entre uma escravizada brasileira e um marinheiro inglês, inocente à primeira vista, se desenha sobre à crônica da injustiça social, das lutas da população negra, e de temáticas com teor semelhante, reproduzidas no dia a dia da metrópole baiana.
O cotidiano dos africanos Bomani, Akin e da brasileira Tereza, amigos de todo o sempre, é perturbado pela chegada de Joshua, tenente da marinha inglesa. A narrativa, que se equilibra entra a tensão e a poesia, tangencia a Revolta dos Malês, o maior levante de escravizados do Brasil Colônia. O comprometimento histórico, bem como o teor de denúncia, não anulam a preocupação estética. Na construção do romance, Corisco Moura contou com extensa base historiográfica, além do olhar de Tatiana Tozzi, especialista em religiões de matriz africana.
Na capital da Bahia os arranjos eram outros. Um quarto da população era de brancos. A mesma medida era composta por forros, tanto negros quanto crioulos. Todo o restante, metade ou mais das pessoas, era de escravos. Nos clandestinos navios negreiros, já pelo caminho, viam-se despidos das disposições sociais que guardavam na África.
A rotina do autor de atendimentos no SUS serviu de inspiração na construção da obra. Dois levados numa jangada repercutiu na mídia e nos diferentes meios de comunicação.
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