A Lista de Mais Vendidos do PublishNews começa a entrar em nova fase nesta sexta-feira (9): no início da semana, foi anunciado que 21 novas livrarias vão passar a compor a relação das lojas contabilizadas pela Lista – enquanto o sistema da Bookinfo, parceira do PN na empreitada, conclui a integração das livrarias independentes, a relação desta semana conta com as vendas nas redes de livrarias listadas. O período analisado é o de 29 de janeiro a 4 de fevereiro de 2024. O pódio da Lista é todo de autores brasileiros. A liderança segue com Café com Deus pai (Vélos), diário devocional de Junior Rostirola, e o livro 18 princípios para você evoluir (Citadel), de Charles Mendlowicz, que na semana passada havia estreado em terceiro lugar, subiu uma posição. Em terceiro lugar geral, aparece o livro Cura da alma (Luz da Serra), de Amanda Dreher. O livro que lidera a categoria Autoajuda, descreve o método "Atma Healing", criado pela autora para criar o "Alinhamento Vibracional Máximo, onde as coisas dão certo pra você", segundo a editora. A novidade da semana é o romance O hotel Nantucket (Alta Novel), de Elin Hilderbrand e traduzido por Camila Moreira. Entre as editoras, quem segue na liderança do ranking é a Sextante, com 14 títulos entre as diferentes categorias; seguida de Grupo Editorial Record (13), Intrínseca (10), Gente (9), e Grupo Companhia das Letras e Planeta, com sete livros cada. Clique no Leia mais para ler a notícia na íntegra.

O jornal O Globo publicou uma matéria essa semana sobre a Biblioteca Desacato, criada pelos pesquisadores Alberto Camarero e Alberto de Oliveira. O acervo virtual resgata obras literárias de artistas que chocaram o país e disponibiliza gratuitamente livros de autores e autoras "malditos", que eram frequentemente acusados de crime de desacato. Um dos principais lançamentos do mercado editorial nesse início de ano é o livro Longe do ninho (Intrínseca), escrito pela jornalista Daniela Arbex. Em entrevista para a CNN Brasil, a jornalista diz que o Flamengo não colaborou com a reportagem e que, inclusive, recusou-se a falar sobre o tema para o livro. A ESPN fez uma reportagem falando sobre como estão os sobreviventes do incêndio no Ninho cinco anos após o ocorrido. A Ilustrada, da Folha de S. Paulo, falou sobre a tendência do TikTok que exalta estantes "visualmente perfeitas" e que transparece uma aparência de luxo e riqueza. A editora Expressão Popular, criada próxima ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), completou 25 anos. O portal do MST entrevistou o coordenador editorial da editora, Miguel Yoshida. A BBC Brasil lançou um texto sobre como a famosa série de livros Senhor dos anéis tornou-se uma espécie de guia da direita italiana. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Ministério da Cultura (MinC) divulgou, nesta quinta-feira (8), o resultado final do Edital Prêmio Pontos de Leitura 2023. De um total de 810 concorrentes, foram premiadas 300 bibliotecas comunitárias de todo o país. Elas receberão R$ 30 mil, cada uma. Entre os projetos premiados, estão bibliotecas comunitárias localizadas em aldeias indígenas, territórios quilombolas, áreas de assentamento rural, periferias urbanas. Também foram selecionadas bibliotecas comunitárias que atuam no fortalecimento de temáticas específicas, como a literatura de cordel, literatura indígena, gibis, autoria negra e LGBTQIA+. Clique aqui para conferir o resultado final. Para o Diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, Jéferson Assumção, a intenção do prêmio é destacar a atuação de bibliotecas comunitárias e reconhecer a importância de espaços vivos promotores de leitura, em todas as regiões e estados brasileiros. “O resultado do edital nos mostra essa riqueza, numa ampla diversidade de territórios, populações e formas de fazer essa ativação cultural em torno do livro e da leitura. Essas bibliotecas estão inseridas nas comunidades, onde muitas vezes o Estado historicamente tem menos atuação ", afirma o diretor, em nota. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A VR Editora está contratando um designer editorial júnior que será responsável pela criação de projetos gráficos de miolo e de capas de livros e diagramação de livros impressos. Outras funções do cargo incluem a adaptação de projetos de miolo e de capa (PNLD); fechamento de arquivos para a gráfica; e conversão de e-books (epub, layout fixo e layout fluido). São requisitos ter domínio do pacote Adobe (InDesign, Illustrator, Photoshop, Acrobat); graduação em Design Gráfico, Publicidade ou Produção Editorial; familiaridade com princípios de design, como layout, tipografia e uso de cores; experiência com design editorial; capacidade de trabalhar em equipe e comunicar ideias de forma clara; atenção a detalhes, organização e comprometimento com prazos. A vaga é CLT e em regime híbrido. Interessados devem encaminhar currículos para administrativo@vreditoras.com.br.

Com 30 vídeos que revelam o fazer criativo de Lourenço Mutarelli, o novo e inédito curso "Processos" já está disponível ao público gratuitamente por tempo limitado – até esta sexta-feira (9), já são cerca de 2,5 mil inscritos. Este é o primeiro curso oferecido pela nova plataforma Seiva. As aulas foram gravadas por Mutarelli na intimidade de sua casa, durante o isolamento da pandemia. No curso, o multifacetado artista divide dicas, lições de criação e pensamentos sobre arte enquanto reflete sobre suas inspirações e referências. O curso é gratuito até o dia 07 de março de 2024, e o conteúdo ficará disponível por três meses a partir do momento da inscrição. Depois do dia 7, custará R$ 97 para novos alunos. As inscrições podem ser feitas aqui. Partindo da observação de uma pipoca, Lourenço explora técnicas que passam por escala tonal, composição de cores e tinta acrílica em diferentes suportes. Já no terreno do recorte, ele mostra a realização de uma colagem completa em seu caderno, fazendo, ao mesmo tempo, uma introspectiva análise da própria obra. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O Grupo Editorial Edipro lançou no início do mês a mais recente Coleção de minicódigos 2024 das áreas Civil, Penal, Trabalhista e Constitucional. Composta por obras que oferecem as principais legislações atualizadas, a coleção é uma ferramenta para estudantes e profissionais do Direito. O conjunto inclui a Constituição Federal, Código Civil, Código de Processo Civil, Código Penal, Código de Processo Penal e Consolidação das Leis do Trabalho. Todos os seis exemplares trazem as legislações específicas completas e atualizadas, além de contarem com notas e índices remissivos. Indicadas a juízes, advogados, estudantes de Direito e empresas, bem como a todo o cidadão interessado, as edições abarcam as alterações publicadas no Diário Oficial da União (DOU) até janeiro de 2024. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Itaú Cultural recebe de 15 a 25 de fevereiro (sempre de quinta-feira a domingo), no palco da Sala Itaú Cultural (Av. Paulista, 149 – São Paulo / SP), a atriz e diretora paranaense Denise Stoklos com o espetáculo Abjeto – Sujeito: Clarice Lispector por Denise Stoklos. Com direção de Elias Andreato e dramaturgismo de Welington Andrade, trata-se do encontro da obra de Clarice Lispector com o teatro essencial criado por Stoklos, o qual é construído sobre as relações reflexivas, que se dão dentro de uma dimensão temporal específica. As apresentações são gratuitas. Os ingressos são disponibilizados a partir do dia 7 de fevereiro, e devem ser reservados pela plataforma INTI (acesso pelo site do Itaú Cultural). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Uma galinha na calçada de uma movimentada rua de São Paulo. Josefa, a que passa pedindo. O cheiro de café torrado. O banho de chuva. O aniversário pela janela do apartamento. A cor da pele. Os filhos. Os relacionamentos. O peso da ausência. A alegria do encontro. As batalhas de cada um. O frio som do silêncio. Em Na soleira, os sapatos (Penalux, 206 pp, R$ 47), Maria Dolores faz do singular universal e traz à cena grandes temas da existência pelos detalhes do cotidiano e dos diversos e incríveis personagens que fazem do comum o extraordinário. São crônicas escritas entre fevereiro de 2021 e setembro de 2023. Histórias que se passam em São Paulo, capital, e em Três Pontas, no sul de Minas Gerais. Textos carregados de cor, sentido e fascínio pelas pessoas e pela vida. Além de Na soleira, os sapatos e Travessia – a vida de Milton Nascimento (Record), Maria Dolores é autora também de Mãe de dois (Civilização Brasileira), transformado em peça de teatro, e A Lua no terreiro (Penalux), romance que tem como pano de fundo a pandemia da Covid-19.

Escrito por João Anzanello Carrascoza e com fotografias de Juliana Monteiro, Fronteiras visíveis (Maralto, 183 pp, R$ 49,90) entrelaça literatura e fotografia e conecta o leitor com a efemeridade da existência e as fronteiras que separam a vida e a morte. Com uma estrutura instigante, a obra apresenta sete pares de contos inéditos prenunciados por um par de cenas fotográficas e costurados pelo movimento de uma onda. Forças ambivalentes, como o sim e o não, a luz e a sombra, o contentamento e o desencanto, são exploradas tanto nas imagens quanto nos contos. Uma das cenas retrata uma senhora, de costas, retornando ao mar, simbolizando o fim de uma vida, de um ciclo e de uma geração. O projeto nasceu de um novo encontro entre o escritor e a artista visual, fundindo ficção literária e imagem fotográfica. Desta vez, enquanto Carrascoza elaborava os contos para formar um par temático, Juliana foi construindo as duas situações por meio das fotos a fim de que resultassem em cenas com movimento, conforme o leitor as manuseasse. A obra desafia as divisas convencionais da literatura e da fotografia, proporcionando uma experiência de leitura que é, em si, uma jornada. Com suas imagens e narrativas, Fronteiras visíveis explora a complexidade do mundo contemporâneo e suas forças contrárias, além de ser também um convite para refletir sobre as fronteiras que moldam nossa existência.

Os dentes-de-leão formam sutis hastes com esferas brancas de sementes nas pontas que, levadas pelo vento, voam pelo espaço até pousarem em algum lugar. Do mesmo modo, estas crônicas de Liliana em Crônicas ao vento (Labrador, 160 pp, R$ 45) "voaram" pelo espaço virtual, e chegaram nas páginas de um livro. Retratam momentos do cotidiano, com gatos, jasmins, jabuticabeiras, ou momentos especiais, vividos com netos e bisnetos. Registram também sentimentos em relação à cidade de São Paulo e reflexões despertadas por um sonho, um filme ou um livro, por um nevoeiro na madrugada, pela evocação de um lugar perdido, por uma erupção vulcânica, pela nova peste que rapidamente se alastrou pelo nosso sofrido planeta. Textos escritos com leveza e simplicidade, mas que em sua singeleza carregam a profundidade da alma humana. Nascida em Roma, Liliana Laganá imigrou para o Brasil em 1955, aos dezesseis anos. Após se aposentar do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, obteve o título de Mestre em Língua e Literatura Italiana, também pela USP, dedicando-se integralmente à Literatura. Começou a escrever pequenos contos sobre a imigração italiana no Brasil, que se tornou o leitmotiv de sua escrita, tanto nos contos como nos livros.

A festa oferecida por Clarissa, em Mrs. Dalloway, é um dos pontos altos da história da literatura, pela forma como Virginia Woolf esmiúça a natureza humana. Essa festa é tão importante para a própria autora, que ela retornou ao tema em vários dos seus contos. Esse evento para Woolf é como um laboratório, um espaço em que a autora lança mão para melhor observar o pathos dos seus personagens. Expostos à solta no salão, seus desejos, medos e fraquezas aparecem dilatados. Já nas linhas iniciais do conto A apresentação (Nós, 40 pp, R$ 46 – Trad.: Ana Carolina Mesquita), o leitor vê todas as nuances do pavor da jovem Lily Everit diante das exigências de um evento social: “Lily Everit viu que Mrs. Dalloway vinha abater-se sobre ela desde o outro lado da sala, e teria rezado para ser deixada em paz”. Mas não houve tempo para uma prece. E nem rezar teria adiantado muito. Lançada sem paraquedas num encontro com um cavalheiro de gestos duvidosos, Everit vê as certezas da sua emancipação como mulher se dissiparem, enquanto a festa de Mrs. Dalloway se desenrola ao redor. O lusco-fusco entre quem a jovem é e de como precisa agir, para estar ali, exposta em público, é tremendo. O conto A apresentação é uma pequena obra-prima de Woolf, que soa mais cruel, triste e verdadeira a cada nova releitura.