O sexto período do ano medido pelo Painel do Varejo de Livros no Brasil – e divulgado nesta terça-feira (11) – apresenta uma variação positiva de 8% no volume de vendas e 10,9% em faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), que divulga o Painel em parceria com a Nielsen Book Brasil, as ações promocionais dos varejistas impulsionaram a performance. Foram 4,14 milhões de livros vendidos acumulando uma receita de R$ 178,67 milhões no período 06 de 2023 (22/05 a 18/06/2023) contra 3,83 milhões em volume e R$ 161, 05 milhões no mesmo período do ano passado. Clique aqui para ver o Painel deste mês. “Comemoramos o resultado do período e também a possível aprovação da Reforma Tributária, que vai ajudar o setor a se firmar em uma nova trilha de crescimento. Com a indústria do livro trabalhando cada vez mais para garantir a bibliodiversidade e uma cadeia produtiva ágil e que atenda o interesse cada vez mais imediato dos leitores, ter na nova legislação a garantia da imunidade do livro como produto essencial, amplia ainda mais a capacidade de investimento em novas produções”, reforça Dante Cid, presidente do SNEL, em comunicado. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

"Precisamos de uma população leitora, mas tá cada dia mais difícil. Livrarias fechando, preços disparando... Como esperar q o povo leia desse jeito? Livro não pode ser artigo de luxo". As palavras do influenciador Felipe Neto – alguém que tem um papel ativo e boas relações com o mercado editorial brasileiro, diga-se de passagem – alcançaram mais de 4 milhões de pessoas desde que ele retomou o assunto, em tuítes do último dia 5 de julho. Mas a pergunta é: o livro é mesmo caro no Brasil? A resposta mais simples é: depende. Uma avaliação sobre os números das pesquisas anuais sobre o mercado editorial aponta que o país tem uma restrição estrutural de níveis de leitura, o que dificulta o crescimento do setor e inclusive o faz diminuir – a queda no faturamento em números reais desde 2006 é de 40%, segundo a série histórica da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro. Em relação ao preço médio do livro nas vendas, a série histórica também aponta queda real – ou seja, mesmo com os preços crescendo de maneira nominal desde 2011, eles não recuperaram a inflação do período. Teoricamente, o livro está “mais barato” hoje do que em 2011. O que compõe o preço do livro? Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O escritor tcheco Milan Kundera morreu aos 94 anos nesta quarta-feira (12) em seu apartamento em Paris. A notícia foi anunciada pela editora francesa Gallimard e por instituições do seu país de origem. Autor de A insustentável leveza do ser e A brincadeira, Kundera era publicado no Brasil pela Companhia das Letras. Seus livros transitavam entre um realismo histórico e altas doses de filosofia e ensaísmo. "Milan Kundera foi um escritor que alcançou gerações inteiras de leitores em todos os continentes", disse o primeiro-ministro da República Tcheca, Petr Fiala. "Ele deixa não apenas um trabalho de ficção notável, mas também uma obra de ensaios significativa". Kundera nasceu na cidade de Brno, mas emigrou para a França em 1975 depois de experimentar um ostracismo por criticar a invasão da Tchecolosváquia pela União Soviética, em reação ao movimento popular da Primavera de Praga, em 1968. Foi nessa época que ele também rompeu com o partido comunista, após anos de desilusão, perdendo a sua cidadania no seu país natal. Pouco afeito a entrevistas, ele dizia aos jornais parisienses que não gostava de ter seu trabalho rotulado como "político", mesmo quando seus livros abordavam assuntos dessa natureza. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O Radar de Licitações - seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais - traz um edital visando a aquisição de livros impressos nacionais, em edição mais recente, junto às editoras, livrarias ou distribuidores visando à atualização e ampliação do acervo de uma biblioteca. O pregão está marcado para 13 de julho. Já o segundo edital da semana tem como objeto a contratação de livraria ou distribuidor especializado para fornecimento, de forma parcelada, de livros/publicações jurídicos e de outras áreas, nacionais e estrangeiros comercializados no mercado nacional, conforme áreas de interesse, para atendimento de uma biblioteca escolar. A disputa ocorre em 19 de julho e o valor chega a R$ 80 mil. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A FGV Direito Rio – escola de Direito do Rio de Janeiro – está à procura de um produtor editorial para cuidar da preparação e revisão de textos e manter contato com autores e colaboradores. A pessoa contratada irá também cuidar do controle de fluxo de artigos; atualizar planilhas; solicitar pagamentos e redigir relatórios. É preciso ter formação em Letras, Comunicação Social ou Produção Editorial, inglês avançado, experiência em editora e/ou em revista científica, experiência em copidesque e revisão, domínio do Pacote Office, conhecimentos em produção gráfica, e bom relacionamento interpessoal. A vaga é presencial, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Interessados devem encaminhar currículos para gestao.pessoas@fgv.br.

A Biblioteca Nacional (Av. Rio Branco, 219 – Centro – Rio de Janeiro / RJ) inaugura nesta sexta-feira (14) a exposição “Uma janela para o armazém de periódicos”, que marca o centenário da Coordenação de Publicações Seriadas, celebrado ano passado. A mostra traz cerca de 80 itens do acervo da biblioteca, que possui a mais antiga e completa coleção de periódicos do país – atualmente com mais de 81 mil títulos e 372 mil volumes. A exposição é gratuita e pode ser visitada de segunda a sexta, das 10h às 17h. Uma das raridades é o Vossa Senhoria, reconhecido pelo Guinness World Records como o menor jornal do mundo. O periódico foi publicado pela primeira vez em 1935, na cidade de Goiás, nas dimensões de 9 cm x 6 cm. Em 1996, passou a ser editado nas dimensões de 3,5 cm de altura por 2,5 cm de largura. Outra joia do acervo é um exemplar do jornal O Mulato ou O Homem de Cor, criado em 1833, por Francisco Paula Brito. Trata-se do pioneiro da imprensa negra no Brasil, primeiro jornal do país a lutar contra a discriminação racial e a favor da abolição da escravidão. A exposição também poderá ser visitada de forma virtual no site da BN Digital. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL) volta a movimentar a cidade e a região a partir de 12 de agosto, data que inicia sua 22ª edição, e agora anuncia seus homenageados: o cantor e compositor Gilberto Gil (autor), o jornalista e escritor Gilberto Dimenstein (autor Educação – in memorian), as escritoras Stella Maris Rezende (autora infantojuvenil) e Luiza Romão (autora local), e Madelaine Pires (professora). O patrono da feira é Danilo Santos de Miranda, filósofo e sociólogo, diretor regional do Sesc no Estado de São Paulo. A 22ª edição da Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL) ocorre de 12 a 20 de agosto de 2023, com abertura oficial no dia 11 e traz como tema central a proposição “Entre os extremos, as dualidades: a literatura como elo”. Todas as atividades são gratuitas e abertas à população. Na programção, estão salões de ideias, conferências, palestras, mesas-redondas, oficinas, shows, espetáculos infantis, performances, contações de histórias, saraus e projetos educacionais, entre outras. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A nova exposição temporária do Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/n, Luz – São Paulo / SP) Essa nossa canção entra em cartaz no dia 14 de julho e explora a ligação visceral entre o português e a música – tão profunda no caso do Brasil que faz parte da nossa identidade como povo e da memória coletiva do país. É possível visitar a exposição de terça à domingo, das 9h às 16h. A mostra está programada para ficar no espaço até março de 2024. Com curadoria de Carlos Nader e Hermano Vianna, consultoria de José Miguel Wisnik e curadoria especial de Isa Grinspum Ferraz, a mostra Essa nossa canção abarca diversos gêneros do cancioneiro brasileiro, promovendo conexões entre algumas das canções mais representativas da história da música nacional às formas contemporâneas de expressão musical. Da bossa nova ao sertanejo, do rock ao samba, do funk ao axé, do chorinho ao forró – a exposição reafirma a força da diversidade brasileira através da canção. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Na próxima terça (18), a autora Laura Erber inicia uma série de eventos de lançamento do seu livro as palavras trocadas. Livro de estreia da coleção Arco, da editora Âyiné — que publica a partir de julho obras de ficção e poesia de autores brasileiros, com coordenação editorial de Sofia Mariutti —, as palavras trocadas é inédito em ao menos dois sentidos. Inédito porque nunca publicado, mas também porque seus poemas trazem uma experiência de contato inaugural entre as palavras e seu destinatário, "entre os corpos e a comoção que os envolve". É como se nesse curto circuito de afeições alguma coisa estivesse sempre em vias de começar ou de desaparecer. O primeiro lançamento será na Janela Livraria (Rua Maria Angélica, 171 B – Rio de Janeiro / RJ), às 19h30. Já no dia 21 de julho, o evento será na Livraria Quixote (Rua Fernandes Tourinho, 274 - Belo Horizonte / MG) e terá a participação de Carolina Anglada e do violinista Paulo Sérgio Thomaz. E, por último, Erber conversa com Júlia de Carvalho Hansen na Livraria Gato sem rabo (Rua Amaral Gurgel, 352 - São Paulo /SP), no dia 26 de julho. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Amora, clube de assinatura de livros escritos por mulheres, lança o seu primeiro curso de escrita, também para o público feminino. Ministrado pela escritora Socorro Acioli, autora do romance A cabeça do santo (Companhia das Letras), o curso é direcionado para todas as mulheres interessadas em aprender a escrever contos curtos, tendo experiência prévia na escrita ou não. As aulas serão teóricas, e ao final de cada encontro haverá espaço para interação. Serão quatro encontros online e ao vivo, via Zoom, com duração de 2 horas cada. O curso será realizado nos dias 17, 19, 24 e 26 de julho, das 19h às 21h. Para se inscrever é só clicar aqui. Ao final do curso, as participantes poderão enviar um conto para concorrer ao projeto “Pé de Amora”, da Amora Livros, que tem como objetivo selecionar contos inéditos de escritoras pouco conhecidas que estejam iniciando sua trajetória na ficção. O texto escolhido receberá orientação da escritora, será publicado e enviado na caixinha da Amora, junto com o livro do mês. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Kevin Scott, Diretor de Tecnologia da Microsoft, em seus mais de 20 anos de experiência na área da Ciência da Computação, observou múltiplas narrativas sobre a inteligência artificial se desenrolarem, poucas das quais a colocam como algo positivo. Baseando-se em sua bagagem adquirida crescendo no interior dos EUA e o caminho percorrido até o Vale do Silício, ele usa essas vivências para tecer críticas à recepção da inteligência artificial, incentivar o investimento nessa tecnologia revolucionária e possibilitar uma consciência sobre o real potencial da IA. Do especialista em computação e CTO da Microsoft, O futuro da inteligência artificial (HarperCollins, 272 pp, R$ 59,90 – Trad.: André Fontenelle) é um guia informativo, reflexivo e envolvente que investiga um dos assuntos mais comentados da atualidade de modo inteligente e acessível.

“O amor é uma necessidade biológica.” A afirmação é da neurocientista social Stephanie Cacioppo, que vem, ao longo de sua carreira, investigando os efeitos do amor sobre o cérebro. Em Programados para amar (Rocco, 224 pp, R$ 69,90 – Trad.: Glaucia Bustamante), ela compartilha os resultados de suas pesquisas na área. Assim, entre informações de anatomia, química, ciência comportamental e de muitos outros campos do saber, fala sobre os motivos pelos quais nos apaixonamos. Mas Cacioppo vai além: ela usa a sua própria história como estudo de caso. “Minha pesquisa científica sobre o cérebro humano me convenceu que uma vida amorosa saudável é tão essencial a uma pessoa quanto uma alimentação nutritiva, exercícios ou água limpa”, diz na obra. Até os 37 anos, Cacioppo, ironicamente, acreditava que seu destino era ficar solteira. Durante um congresso em Xangai, entretanto, ela conheceu John Cacioppo, uma celebridade da neurociência que estudava os perigos da solidão. Depois de uma paixão avassaladora, os dois se casaram. Por sete anos, foram profundamente felizes vivendo e trabalhando juntos, até o trágico falecimento de John. No livro, enquanto revisita momentos dessa transformadora relação, a autora explica, da perspectiva científica e pessoal, como foram criados os laços que a uniram a John. Na sequência, reflete sobre variadas pesquisas focadas no luto e revela como o seu lado cientista a ajudou a lidar com a perda do marido.

Casos clínicos conjugados com neurociência, experiência pessoal e uma trama de conceitos originais que inspiram direções e instilam esperança, assim é composta a mais nova obra de Peter A. Levine,Trauma e memória – Cérebro e corpo em busca do passado vivo (Summus, 200 pp, R$ 78,80). O autor tem dedicado sua pesquisa ao conceito de que não se pode mudar eventos do passado, porém existe a possibilidade de transformar as narrativas sobre esse período, exercitando-se a habilidade de modificar a forma como é fisiologicamente carregado e rememorado, ou remembrado. No Brasil, uma das estudiosas que se dedica à aplicação e disseminação dos conceitos do método de Peter A. Levine é a psicóloga Liana Netto, que escreveu no prefácio da versão brasileira. Liana é doutora em Medicina e Saúde pela Universidade Federal da Bahia.

Durante três anos, o jornalista e escritor best-seller internacional Johann Hari fez uma jornada para descobrir as razões por trás da diminuição do nosso tempo de atenção. Ele entrevistou especialistas mundiais em foco e descobriu que tudo o que pensamos sobre o assunto está equivocado. Achamos que nossa incapacidade de focar é uma falha pessoal, mas não é. Todos nós estamos sob a influência de poderosas forças externas. Ou seja, nosso foco está sendo roubado. Em Foco Roubado (Vestígio, 352 pp, R$ 74,90 – Trad.: Luis Reyes Gil) Hari explica que estamos enfrentando uma crise de atenção. Rolamos os feeds sem parar, sem pensar, sem nos atentar às tarefas cotidianas. Ao longo das páginas, Hari expõe os doze fatores externos principais que estimulam esse comportamento, desde as grandes empresas de tecnologia até poluição e muito mais. O livro também traz reflexões para nos ajudar a fazer mudanças pessoais e também aborda os riscos para a sociedade, conforme somos cada vez mais privados do nosso foco e a nossa atenção é cada vez mais manipulada.