Desde a minha estreia nesta coluna, escrevo sobre os caminhos construídos pela gestão do governo interino de Michel Temer em relação às políticas públicas para a área da promoção do livro e da leitura. Mais de 80 dias se passaram, sem que, em nenhum momento, o ministro se inteirasse das importantes ações que a Diretoria do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) estava executando. Até o momento, o que se tem de concreto até agora é o completo desmonte da capacidade de atuação da Diretoria com a demissão de pessoas competentes que estavam à frente dos cargos de chefia. Vimos a total paralisação das ações e políticas da DLLLB. Para justificar as atuais mudanças, o ministro se utiliza do Programa de Valorização dos Servidores, um programa que o próprio setor de recursos humanos não teve tempo para pensar. No entanto, tais mudanças só diminuem a capacidade de ação do Ministério. No caso da DLLLB – ainda não extinta, mas de fato numa descida vertiginosa –, vemos, a cada passo desta nova gestão, o total desconhecimento do que a área da promoção do livro e da leitura necessita. Recentemente, essa coluna publicou que a DLLLB sairia da Secretaria Executiva e iria para a Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural – SCDC e que esse deslocamento representaria o enfraquecimento e a ruptura de toda articulação construída nos últimos anos. Mas, não é só a troca de secretaria que está alterando a DLLLB. A Diretoria acaba de ser rebaixada para departamento e tem duas coordenações gerais fundidas em uma. Com todas essas mudanças desastrosas e impensadas como podemos acreditar que a DLLLB será fortalecida? Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra dessa coluna.

Com a ajuda de nove dos seus principais clientes, a Kobo desafiou sua equipe de design para criar o um e-reader que oferecesse uma "leitura singular". O resultado é o Kobo Aura ONE, que acaba de ser lançado. Com 7,8 polegadas, mais fino do que os modelos anteriores, à prova d´água e com tecnologia que adapta a luz a qualquer hora do dia ou da noite, o novo modelo entra em pré-venda por US$ 229 (cerca de R$ 735). No novo Kobo, os leitores podem escolher manualmente suas próprias configurações de luz, tamanho e fontes e podem usá-lo até debaixo do chuveiro. A maior preocupação, no entanto, foi o desafio de não atrapalhar a qualidade do sono de quem usa um e-reader, para isso a Kobo usou a tecnologia front-light que permite a leitura durante a noite sem nenhum impacto sobre o sono. Clique no Leia Mais e veja outras novidades do Kobo Aura ONE.

Desde guri, guardei fé na capacidade que temos de ser artistas. Afinal, era preciso que acreditássemos na capacidade de ser aquilo que quiséssemos, ainda que o mundo conspirasse de forma contrária. Foi com isso em mente que dei início, em 2009, à Oficina do livro, o livro passo a passo. Era essa minha melhor maneira de poder compartilhar muitas das experiências de produção gráfica e editorial que carregava, e que via como forma de promover novos autores e editores, para que trilhassem com qualidade seu caminho próprio. Anos depois, precisamente em 2015, foi que surgiu o Livros: um guia para autores, de minha autoria. O volume, que traz boa parte do conteúdo oferecido e aprimorado desde os primeiros cursos, felizmente, teve nesse último dia 09 de agosto, seu primeiro reconhecimento em prêmio literário, como melhor livro do ano AGES (Associação Gaúcha de Escritores), na categoria especial. A AGES atribuía assim seu reconhecimento a uma obra que se propunha a promover, ou melhor, a induzir à boa formação de autores e editores na nova era do digital. O que pude entender como espécie de voto formal na capacidade do autopublicador e na necessidade de aprendermos mais e mais sobre o livro e sobre os caminhos editoriais, e que todos podemos percorrer carreiras melhores e maiores com nossa arte literária. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta coluna.

No mês passado, logo depois de sofrer uma tentativa de golpe, o presidente turco Tayyip Erdogan mandou fechar 29 editoras no seu país. Agora, contra essa medida, o PEN International Publishers Circle – grupo de editores em defesa da liberdade de expressão que reúne líderes de grandes grupos editoriais mundo afora como Markus Dohle, da Penguin Random House, e Arnaud Nourry (na foto ao lado), da Hachette Livre – lançou uma petição pública. Nela, a entidade e seus representantes expressam “profunda preocupação” em relação ao recente fechamento de editoras e conclamam o presidente turco a não usar o “estado de emergência vigente no país para restringir a liberdade de expressão e a garantir que escritores e editores sejam capazes de exercer livremente as suas atividades”. "De acordo com nossos colegas da Associação Turca de Editores, o fechamento dessas casas editoriais 'traz riscos de violação aos direitos humanos, de repressão à liberdade de expressão e irreparável danos morais e financeiros'", diz a petição. Editores que tenham interesse em assinar a petição podem enviar e-mail até o próximo dia 23 para James Tennant.

Entre 1970 e 1995, o ator mexicano Rubén Aguirre interpretou o professor Girafales, personagem do seriado Chaves, exibido no Brasil pelo SBT. Aguirre morreu em junho passado, aos 82 anos, mas antes, deixou o seu livro de memórias, Después de usted: as memorias del professor más querido de América Latina, que será publicado no Brasil pela Wolf Book. O livro conta, por meio de fotografias, anedotas e referências jornalísticas, a trajetória do homem que deu vida ao personagem que ajudou a consolidar um dos fenômenos mais impactantes da TV na América Latina. O livro deve sair ainda esse ano.

Com o seu característico suspense, o autor Keith Donohue se destaca no mercado editorial mundial com seus thrillers psicológicos. Autor de A criança roubada e O menino que desenhava monstros, que já teve seus direitos vendidos para o cinema, Donohue terá mais título publicado no Brasil. É que a DarkSide não perdeu tempo e adquiriu os direitos do livro The motion of puppets. Esse é o segundo livro do autor que a DarkSide traz para o Brasil (recentemente, a editora publicou O menino que desenhava monstros). Na trama, suspense, fantasia e realidade se fundem para contar a história de um marido que procura por sua esposa desaparecida sem saber que ela está mais perto do que ele imagina. O negócio foi intermediado pela agência Riff.

A próxima Bienal Internacional do Livro de São Paulo (26/08 a 04/09) vai marcar a estreia da editora Dentro da História. Criada pelos empreendedores brasileiros Flávio Aguiar, André Campelo e Diego Moraes, a plataforma permite criar livros personalizados, que unem o universo lúdico dos personagens infantis com a singularidade dos desejos e sonhos de cada criança. A nova editora fechou uma parceria com a Mauricio de Sousa Produções para um projeto que servirá de pontapé para suas atividades no mercado brasileiro. No estande da Mauricio de Sousa, usuários poderão criar avatares personalizados (escolhendo roupa, acessórios, cores do cabelo e dos olhos), com o visual dos personagens da Turma da Mônica e inclui-los em um roteiro pré-existente. Depois de criada a história, o livro será impresso por demanda e enviado à casa da criança, pelo valor de R$ 44.

A organização do Festival Literário de Araxá (Fliaraxá), que chega à sua quinta edição entre os dias 14 e 18 de setembro, anunciou alguns dos seus convidados internacionais. Entre eles estão o português José Pinho, o italiano Roberto Parmeggianni (na foto ao lado) e o norte-americano William Gordon. Juntos com autores nacionais como Frei Betto, Leonardo Boff e Mario Sérgio Cortella, eles vão debater assuntos relacionados ao tema central do evento, que é O amor, a leitura e as diferenças. Parmeggianni, que está no Brasil para divulgar seu livro O mundo de Arturo (Nós), vai falar sobre A inclusão nas escolas. Já Gordon, autor de romances policiais, fala sobre os temas Amor e morte na literatura. Outro ponto alto do Fliaraxá será a mesa Curadoria, gestão cultural e experiências, que vai reunir curadores de três festivais literários: Afonso Borges, do próprio Fliaraxá; Paulo Wernek, da Flip, e o português José Pinho, curador do Fólio. Para conferir a programação completa, acesse o site do Fliaraxá.

A cidade de Santos, no litoral paulista, já se prepara para a oitava edição da sua Tarrafa Literária, marcada para acontecer entre 21 e 25 de setembro. Na programação do festival idealizado pelo nosso colunista José Luiz Tahan, estão autores internacionais como o holandês Arnon Grunberg, considerado um dos mais importantes escritores contemporâneos do seu país e autor do livro Tirza (Rádio Londres); o mexicano David Toscana, que lançará seu novo livro sobre histórias de botequim, Bonzana bar, e o angolano Pepetela, famoso por escrever em seus livros os problemas sociais de seu país. Além dos estrangeiros, o festival vai reunir autores nacionais como a cartunista Laerte e a travesti Amara Moira, que conta a sua história em E se eu fosse puta (hoo). Juntas, elas participam de uma roda de conversa sobre sexo e sexualidade. Ignácio de Loyola Brandão vai comemorar seus 80 anos e o recém-conquistado Prêmio Machado de Assis ao lado de Rita Gullo no show Solidão no Fundo da Agulha.

Com mais de 10 discos lançados, Adriana Calcanhoto lança nessa logo mais, às 19h, na Fnac Pinheiros (Av. Pedroso de Morais, 858, Pinheiros - São Paulo /SP) o livro Pra que é que serve uma canção como essa?. Com 91 letras selecionadas pelo poeta Eucanaã Ferraz, o exemplar reúne sucessos e composições inéditas de Adriana ao longo de seus mais de 25 anos de carreira. A entrada é franca e haverá sessão de autógrafos.

O projeto Inconsciente literário, realizado pelo SESC Pinheiros (Rua Paes Leme, 195, 3º andar, Pinheiros – São Paulo / SP), recebe este mês a psicanalista e cineasta Miriam Chnaiderman e a cartunista Laerte para um bate-papo com o tema A psicanálise diante das novas sexualidades. O objetivo é fazer uma análise sobre a psicanálise e a literatura a partir da relação estabelecida entre as sexualidades e grandes nomes da literatura mundial. O encontro, que será mediado pela também psicanalista e poeta Fernanda de Almeida Prado, acontece logo mais, a partir das 19h30, no auditório da unidade, com entrada gratuita.

Na sexta passada, a Casa Branca divulgou a lista de livros que o presidente Barack Obama pretende ler durante suas férias com a família. Entre os títulos estão Barbarian days: a surfing life, autobiografia de William Finnegan que fala sobre sua obsessão com o surf e os destinos para onde o esporte o levou e The underground railroad, de Colson Whitehead, que conta a história de Cora, uma escrava em uma plantação de algodão nos EUA e de sua fuga. A lista traz ainda o livro de memórias F de falcão (lançado por aqui pela Intrínseca), da autora Helen Macdonald, que foi um dos destaques da última edição da Flip; Seveneves, ficção científica de Neal Stephenson, publicado ano passado e que fala sobre os esforços que são feitos para salvar a espécie humana após uma série de eventos apocalípticos e, por fim, A garota no trem (aqui publicado pela Record), de Paula Hawkings, que conta a história de Rachel, uma mulher que se vê fisicamente e emocionalmente envolvida em uma investigação de assassinato por causa das coisas que viu durante sua viagem diária de trem e que chega aos cinemas em outubro.

O Concurso Nacional Novos Poetas (CNNP 2016) está com inscrições abertas. Podem participar do concurso todos os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 16 anos, o tema é livre e o candidato pode se inscrever com até dois poemas de sua autoria. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 5 de setembro pelo site da CNNP.

A história encantadora da menina órfã de apenas 11 anos que conquista gerações no mundo inteiro chega às livrarias em edição cuidadosa da Autêntica Editora. Lançado em 1913, Pollyanna (Autêntica, 180 pp, R$ 29,90 - Trad. Márcia Soares Guimarães) se tornou best-seller, com mais de um milhão de cópias vendidas só no ano de lançamento. Dois anos mais tarde, Eleanor H. Porter escreveu a continuação do livro que fez dela uma autora clássica: Pollyanna moça (Autêntica; 224 pp.; R$ 29,90 - Trad. Márcia Soares Guimarães). Passada no começo do século XX e marcada por hábitos, costumes, crenças e comportamentos típicos de uma cidade do interior do EUA daquela época, a história de Pollyanna contagia pessoas de todas as idades com seu “jeito Pollyanna de ser” e com seu mágico “Jogo do Contente”. As novas edições apresentam um delicado trabalho gráfico e um trabalho de tradução que apresenta uma linguagem mais próxima do leitor brasileiro contemporâneo, sem perder de vista o tom clássico do texto.

Rubem Fonseca, Raphael Montes, Luisa Geisler, Natércia Pontes, Leticia Wierzchowski, Cecilia Giannetti e Emiliano Urbim participam da antologia Heróis urbanos (Rocco Jovens leitores, 184 pp, R$ 37,50; e-book R$ 24), que reúne sete contos que desconstroem o arquétipo do herói presente na cultura pop, colocando em xeque o bom e o mau, o certo e o errado, o heroísmo e a vilania. Na sua colaboração, Rubem Fonseca conta a história de um herói que, a bordo de uma bicicleta de pneus grossos e armação pesada, é capaz de colocar para correr ladrõezinhos dispostos a atacar velhinhas desacompanhadas e desavisadas pelas calçadas da cidade. Nas páginas do volume organizado por Larissa Helena, aparecem outros pequenos justiceiros, heróis e anti-heróis nascidos da crueza da cidade grande. A coleção de histórias vem acompanhada pelas ilustrações do artista gráfico Rascal, que leva para as páginas um pouco da linguagem da arte urbana.

Jogos macabros (Globo Alt, 280 pp, R$ 29,90 – Trad. Alice Klesck) se passa na velha cidade de Shadyside, nos EUA, onde todos na região conhecem a excêntrica e rica família Fear, e sabem também do passado que a assombra. Quando o aniversário do jovem Brendan Fear está prestes a chegar, ele começa a planejar uma comemoração um tanto diferente na isolada ilha do Medo, onde existe um casarão de veraneio que pertence à sua família. Ao chegarem à mansão, Brendan dá aos convidados, as coordenadas para o início de um jogo que se revelará ser o mais mortal de todos. O livro é a mais recente produção de R. L. Stine, autor de Goosebumps (transformado em filme em 2015), conhecido por seus livros de terror e suspense e que estava sem lançar um livro há duas décadas. O volume integra a série Rua do medo.

Apostando na combinação entre romance e terror, a autora Kandare Blake escreveu seu primeiro livro de terror para jovens. Anna vestida de sangue (Verus / Grupo Editorial Record, 252 pp, R$ 32,90 – Trad. Cecília Camargo Bartalotti) conta a história de Cas Lowood. Logo depois da morte do pai, ela decide se tornar caçadora de fantasmas, profissão que exercia o pai. Junto da mãe bruxa e de seu gato farejador de espíritos, ele vai atrás de lendas e folclores locais, tentando rastrear os mais violentos fantasmas. Até que Cas se depara com Anna Vestida de Sangue, um espírito bem diferente dos demais. A garota era filha de imigrantes finlandeses e morreu na adolescência, no dia do seu baile de formatura, ao ter a garganta cortada de ponta a ponta. Agora Cas precisa desvendar os mistérios que rondam a morte de Anna.