As editoras independentes associadas à Liga Brasileira de Editores (Libre) já estão se movimentando para garantirem o seu espaço no estande coletivo do Brazilian Publishers (BP) na Feira do Livro de Frankfurt (19 a 23/10). É que pela primeira vez, a entidade se associou ao BP para realizar um concurso com o objetivo de escolher três editoras independentes que terão, de forma gratuita, um módulo com três prateleiras e uma mesa de reuniões dentro do estande do BP na feira. As associadas à Libre têm até o próximo dia 15 para se inscreverem (via formulário enviado por e-mail pela direção das entidades) e o resultado sai no dia 25 de agosto. Estão aptas a participar do concurso editoras que nunca estiveram antes em uma feira internacional. Saem na frente as editoras que puderem enviar um representante da editora (as despesas de viagem – transporte, hospedagem e alimentação – correm por conta das vencedoras) e as que tiverem como objetivo a venda de direitos autorais durante a feira. Clique no Leia Mais e acesse a íntegra dessa matéria.

Já ouvi várias vezes uma frase que é muito verdade: “o papel aceita tudo”. E quando mudamos para o mundo digital, podemos dizer que planilhas, tabelas, documentos e outros repositórios virtuais “aceitam tudo”. Portanto, quando falamos de metadados temos que estar cientes desta característica que pode determinar a maneira como esses dados chegam ao seu destino final. Mais do que informações sobre livros, garanto a você que os metadados precisam ser qualificados. E quem conhece melhor cada título do que quem produz tal título? É uma questão de propriedade (ser dono de). Mas, quem é o dono dos metadados de um título? Respondo com a maior convicção: o editor. Dentro da cadeia produtora do livro, é ele quem tem os dados corretos e atualizados de cada um dos seus títulos e precisa manter o mercado informado sobre isso corretamente. Se a livraria X classifica um livro como psicologia, a Y como autoajuda e o distribuidor Z como desenvolvimento pessoal, qual dessas classificações vale para um cadastro geral? Aquela que for igual à classificação do editor. O mercado do livro no Brasil — e me atrevo a dizer que em toda a América Latina — precisa se organizar melhor e entregar a cada elo da cadeia produtiva a sua verdadeira função. Se cada um fizer a sua parte com excelência, toda a cadeia funciona melhor. E todos ganham ao final. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra do artigo de Ricardo Costa.

Ursula K. Le Guin é um ícone da literatura de fantasia e de ficção científica. No Brasil, tem dois livros à venda: A mão esquerda da escuridão, pela Aleph, e O feiticeiro de terramar, que abre a saga O ciclo de terramar, publicado originalmente em 1968 e em português pela Arqueiro nesse ano. A notícia agora é que a editora acabou de bater o martelo e comprou mais três títulos da série: The tombs of Atuan (1971) The farthest shore (1972) e Tehanu (2001). Outra editora que aumentou suas apostas no livro infantojuvenil foi a Gutenberg, do Grupo Autêntica, que comprou os direitos de publicação no Brasil do livro My Lady Jane, dos autores Cynthia Hand, Brodi Ashton e Jodi Meadows. O livro conta a história de uma princesa de 16 anos que está prestes a se casar com um total estranho. Em meio aos preparativos do casamento, ela se vê no meio de uma conspiração contra seu primo e logo se tornará rainha da Inglaterra. Os negócios foram intermediados pela agência Tassy Barham Associates.

A Associação Gaúcha de Escritores (Ages) concedeu à obra Livros: um guia para autores, do nosso colunista Paulo Tedesco, o título de Melhor Livro do Ano de 2015, na categoria especial. “Uma conquista e tanto para um livro que fala em como se tornar um autopublicador e que defende o livro no seu melhor, de sua história e de sua prática. Disputando com outros autores tradicionais e reconhecidos como Alcy Cheuiche, Eduardo Guimaraens e José Hildebrando Dacanal, a obra rompeu barreiras e inovou na cena do livro gaúcho”, celebrou Tedesco.

Já estão disponíveis os editais de Intercâmbio de Autores Brasileiros no Exterior e de Residência de Tradutores Estrangeiros no Brasil. De 1991 até 2016, foram concedidas 898 bolsas de apoio à tradução e à publicação de autores brasileiros – mais de 70% destas concedidas a partir de 2011, quando o programa da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) foi reformulado e recebeu mais recursos, inclusive para divulgação. Ainda por meio do Programa de Apoio, mais de 80 escritores brasileiros apresentaram trabalhos em feiras e eventos literários no exterior. Para participar, os autores deverão ter publicado no Brasil ao menos um livro nas áreas de literatura e humanidades. O prazo de recebimento de inscrições vai até 5 de setembro. Acesse os editais aqui.

Encerram nesta quarta-feira (10) as inscrições para o Seminário Biblioteca, Cidade e Território. A programação acontece na próxima semana, entre os dias 16 e 18 de agosto, no Centro Cultural São Paulo (Rua Vergueiro, 1000, Paraíso. São Paulo / SP) e pretende apresentar um panorama acerca das bibliotecas públicas. A proposta é destacar o papel dessas instituições e a sua relação com o território e com a cidade; discutir sobre os desafios lançados às bibliotecas públicas, enquanto espaço cultural, onde a informação e a leitura estão a serviço da comunidade; e abordar quais os novos, ou não tão novos, perfis dos profissionais que atuam nesse contexto. A entrada é franca, mas é preciso preencher a fica de inscrições e enviar por e-mail para dgmelo@prefeitura.sp.gov.br e seminarioccsp@gmail.com.

Estão abertas as inscrições para o Fórum de Inovação e Empreendedorismo na Biblioteconomia (FIEB), que acontece no dia 27 de agosto na Biblioteca São Paulo (Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, Santana - São Paulo / SP). Voltado para bibliotecários, o evento tem por objetivo discutir temas relevantes relacionados à Biblioteconomia, assim como as condições das práticas destes em seus ambientes de trabalho. O evento permitirá o encontro de profissionais da informação dos diversos Estados brasileiros. A edição terá como tema "Ações inovadoras nos múltiplos campos de atuação profissional", destacando os diferentes espaços e formas de atuação e ocupação desse mercado.

A cidade catarinense de Jaraguá do Sul realiza, entre a próxima quinta-feira (11) e o dia 21 de agosto, a 10ª edição da sua Feira do Livro. Contação de histórias, lançamentos de livros, bate-papos e musicais estão incluídas na programação, que já tem confirmada a participação de autores como Milton Hatoum, Fernando Bonassi e Paula Pimenta. Além disso, 15 livrarias participam do evento. A expectativa da organização é que cerca de 66 mil pessoas visitem a Feira, que acontece no Centro Cultural de Jaraguá do Sul – Scar (Rua Jorge Czerniewicz, 160, Bairro Czerniewicz - Jaraguá do Sul / SC).

A Carochinha Editora acaba de lançar uma campanha de crowdfunding para publicar no Brasil o livro Resgate animal, novo título da série Vire e descubra. O livro convida as crianças a brincar de super-herói, colocando os animais onde eles devem estar. Com apenas ilustrações e folhas de acetato transparente que permitem o jogo de imagens e movimento, o título ainda estimula o pequeno leitor a pensar desde cedo na importância de proteger os animais e preservar o planeta. O projeto é assinado pelo casal de autores inglês Ann e Peter Scott. Para colaborar com o financiamento coletivo, clique aqui. Veja um vídeo da edição espanhola do título, que alcançou até agora mais de 4 milhões de views.

A Aletria Editora (Praça Comendador Negrão de Lima, 81-D, Floresta - Belo Horizonte / MG) está com as inscrições abertas para duas turmas do curso A Arte de Contar Histórias, que será conduzido por Rosana Mont'Alverne. A primeira turma começa no dia 16 de agosto e segue até 22 de novembro, sempre às terças-feiras, das 19h às 22h. A segunda vai de 18 de agosto a 17 de novembro, com aulas às quintas-feiras, das 16h às 19h. Os encontros irão abordar questões como: preparação para a entrada no universo das narrativas orais; raízes do conto popular, tradição oral brasileira e história da narrativa no Ocidente; técnica de memorização do conto tradicional; exercícios de respiração, voz, corpo e ritmo; performance do contador de histórias; o repertório do contador de histórias e elaboração do espetáculo de encerramento. Informações e inscrições pelo telefone (31) 3296-7903 ou pelo e-email aletria@aletria.com.br.

Uma mulher que perde a cabeça, outra que desaparece diante dos olhos do marido, violência doméstica, alcoolismo, sexo casual, drogas. Tudo isso poderia definir os 21 contos, cada um com nome de mulheres como título, que compõem o novo livro adulto de Nara Vidal, escritora mineira radicada em Londres. A loucura dos outros (Reformatório, 160 pp, R$ 35) traz no título o teor do livro. Mas cada conto é revestido pela imprevisibilidade dramática. Serão três dias de lançamento, no Rio, em Macaé e em Guarani (MG): na próxima quarta (10), às 19h, na Livraria da Travessa de Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 572 - Rio de Janeiro / RJ); na quinta (11), na Ciranda Literária de Macaé (CLIM – Orla da Praia dos Cavaleiros- Macaé / SP), a partir das 19h, e no sábado (13), no Estação 30 (Rua José Alvico, 30 – Guarani / MG).

Em 1548, com a derrocada das capitanias hereditárias, Portugal decidiu estabelecer um Governo-Geral no Brasil. No ano seguinte, o militar Tomé de Sousa desembarcou na Bahia, acompanhado por burocratas, funcionários públicos, soldados e degredados. Sua missão era construir a primeira capital da colônia, a Cidade do Salvador, e, a partir dali, estabelecer a lei e a ordem em todo o território. A cidade – erguida em regime de empreitada, com licitações fraudadas e obras superfaturadas – de fato foi construída. Mas a lei e a ordem não fixaram residência ali. Com a substituição do rígido Tomé de Sousa pelo corrupto Duarte da Costa, o que já estava ruim ficou pior. E, assim, o destino do Brasil seguia em rumo incerto – com os franceses, desde 1555 instalados no Rio de Janeiro, a um passo de se tornarem seus novos colonizadores. Assinado pelo historiador Eduardo Bueno, o livro A coroa, a cruz e a espada (Sextante; 288 pp.; R$ 34,90) ajuda a desvendar a origem de algumas das mazelas que continuam minando o pleno desenvolvimento do Brasil.

Depois de um episódio violento e cruel envolvendo sua irmã e seu pai, Inácio Boaventura é expulso de casa aos 18 anos. Sem opção, deixou o vilarejo natal, Perdição, para viver na cidade grande, onde se formou em literatura, virou professor e escritor. Agora, 30 anos após a partida, ele se vê cansado e vazio. Abandona a mulher, a filha, o magistério e a literatura para voltar à sua casa e encarar o passado na figura do pai autoritário. No livro Liturgia do fim (Tordesilhas / Alaúde, 152 pp.; R$ 30), Marilia Arnaud dá voz a um narrador-protagonista masculino, o depoimento de um homem atormentado desde cedo pela severidade ignorante do pai, o que o aprisiona para o resto da vida e o deixa incapaz de encontrar o seu lugar no mundo.

Devastada por uma das maiores erupções do Vesúvio, em 79 d.C, Pompeia permanece no imaginário de pesquisadores, arqueólogos e curiosos. A literatura sobre a tragédia e o povo, que vivia a cerca de 20 km de Nápoles, é farta e, em sua maioria, afirma que a cidade foi congelada no meio do caminho. Esta, no entanto, é justamente uma das principais ideias refutadas pela especialista em classicismo Mary Beard no livro Pompeia: A vida de uma cidade romana (Record; 420 pp.; R$ 64,90). Logo nas primeiras páginas da narrativa, a escritora relembra a fuga dos moradores e os sinais de alerta que o povo teria recebido horas ou dias antes da erupção. Em seguida, Beard percorre as inúmeras descobertas encontradas nas escavações e revela curiosidades, como a possibilidade de alguns dos esqueletos não pertencerem às vítimas do vulcão, mas serem de pessoas que se arriscaram a voltar à cidade meses, anos ou séculos depois. Este é o caso, por exemplo, de dois homens e uma criança encontrados com uma picareta e uma pá. Eles seriam um grupo de saqueadores soterrados pelas ruínas.

Em Misterius in versus (Chiado; 230 pp.; R$ 30), livro escrito pelo carioca e filho de pais portugueses, Antonio Marcos Correia, os leitores irão mergulhar em uma busca por mistérios através de templos, locais sagrados e destinos turísticos entre o velho continente e a cidade do Rio de Janeiro. A obra traz como personagem principal Eduardo, um pacato bibliotecário do arquivo público em Portugal, que cai em uma armadilha montada por membros de uma sociedade secreta e passa a ser alvo de chantagem, o que o impele a uma busca por tesouros perdidos. Na narrativa, a solução em torno do hipotético túmulo de Maria Madalena surge através de um caminho português. Na trama, o poeta Luiz de Camões teria deixado pistas em suas obras e em outros lugares que indicariam a localização de tal segredo.