Durante a pandemia, o isolamento nos fez refletir sobre a casa como um lugar de afeto e conexão criativa com o mundo, e desde então o gosto por decoração e design de interiores tem se ampliado pela facilidade do acesso on-line a produtos e informações. Mas afinal o que nos faz investir tanto tempo, atenção e dinheiro na escolha de cada objeto e peça de mobiliário para a nossa casa? Ou melhor, por que decoramos? Com o intuito de responder essas perguntas, o designer de interiores Fábio Galeazzo escreveu
O designer que habita em nós (Editora Senac, 192 pp, R$ 80). Para ele, “nós nunca moramos tanto” ao mesmo tempo que ainda não nos demos conta do protagonismo que a casa pode ter em nossas vidas como um espaço de resgate da identidade, expressa por meio dos móveis e objetos que a decoram. O livro explora a construção simbólica entre a nossa maneira de habitar e a psiquê, convidando-nos a refletir sobre temas como a colaboração, o amor, a sustentabilidade, a beleza, o ecocentrismo e a nossa relação com o cosmos. Por meio de uma linguagem leve são sugeridos caminhos e inspirações capazes de despertar no leitor um senso crítico-estético, a fim da decoração deixar de ser uma ação passiva limitada a ideias prontas, para tornar-se uma ferramenta de conexão interior, tendo como matéria prima as próprias histórias que carregam consigo.