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A metamorfose da tirania no século XXI
PublishNews, Redação, 24/04/2024
'Democracia fake' oferece uma explicação para o grande enigma político de nossa era – como podem os ditadores sobreviver em uma era de modernidade cada vez mais profunda?

Os principais ditadores do século XX – homens como Hitler, Stalin e Mao – governaram por meio de repressão brutal. Muitos outros também impuseram ideologias oficiais e isolaram seus Estados do mundo exterior. Mas, nas últimas décadas, a face da ditadura mudou. Uma nova geração de homens-fortes bem-vestidos e versados em mídia tem redesenhado o governo autoritário para um mundo mais sofisticado e globalmente conectado. Em vez de julgamentos de fachada e campos de prisioneiros, esses líderes controlam seus cidadãos manipulando informações e falsificando procedimentos democráticos. Assim como os assessores políticos nas democracias, eles manipulam as notícias para obter apoio. Democracia Fake (Vestígio, 416 pp, R$ 84,90 - Trad.: Rodrigo Seabra), de Sergei Guriev e Daniel Treisman, mapeia a ascensão de tais líderes em todo o mundo, revelando a razão pela qual a maioria dos autocratas atuais diferem dos remanescentes “ditadores do medo”, como Kim Jong-un e Bashar al-Assad, bem como dos mestres da repressão tecnológica, como Xi Jinping. Expõe, ainda, como líderes como Lee Kuan Yew, de Singapura, e Alberto Fujimori, do Peru, foram pioneiros em métodos menos violentos, mais encobertos e mais eficazes de monopolizar o poder, cultivando uma imagem de competência, praticando censura oculta e usando instituições democráticas para minar a democracia, enquanto aumentavam o envolvimento internacional em prol de benefícios financeiros e de reputação pessoal.

[24/04/2024 07:00:00]
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