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Inteligência artificial e discriminação nas redes digitais
PublishNews, Redação, 09/04/2024
Obra discute o preconceito por trás de reconhecimento facial, filtros para selfies, moderação de conteúdo, chatbots, policiamento preditivo e outras aplicações que usam sistemas de inteligência artificial na atualidade

“O que acontece quando as máquinas e programas apresentam resultados discriminatórios? Seriam os algoritmos racistas? Ou trata-se apenas de erros inevitáveis? De quem é a responsabilidade entre humanos e máquinas? E o que podemos fazer para combater os impactos tóxicos e racistas de tecnologias que automatizam o preconceito?”. Essas são algumas questões levantadas pelo pesquisador Tarcízio Silva no livro Racismo algorítmico (Edições Sesc, 268 pp, R$ 40). Quando algoritmos recebem o poder de decidir – a partir dos critérios de seus criadores – o que é belo, o que é tóxico ou o que é mérito, os potenciais discriminatórios se multiplicam. A obra de Silva lança luz sobre a incorporação de hierarquias raciais nas tecnologias digitais, apoiada em autores de referência e exemplos práticos, como Hasan Chowdhury, Laura Guimarães Corrêa, Lisa Nakamura, Luiz Valério Trindade, Raquel Recuero e Timnit Gebru. O pesquisador busca observar o racismoalgorítmico, que se tornou um conceito relevante para entender como a implementação acelerada de tecnologias digitais emergentes, que priorizam ideais de lucro e de escala, impactam negativamente minorias raciais em torno do mundo. Segundo Silva, a obra busca colaborar com o crescente corpo de investigações intelectuais sobre como o colonialismo e a supremacia branca moldaram os últimos séculos – inclusive na definição dos limites imaginativos e produtivos do fazer tecnológico. Racismo algorítmico será lançado nesta quarta (10), às 20h, no Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, 822 - São Paulo / SP).

[09/04/2024 07:00:00]
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