Adaptação teatral de ‘Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente’ chega a São Paulo
PublishNews, Redação, 1º/03/2023
Após mais de 500 mil exemplares vendidos, o palco do Teatro Sérgio Cardoso recebe a montagem entre 3 e 26 de março, de sexta a domingo, às 19h

O livro Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente (Alt) será adaptado para os palcos no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, a partir do dia 3 de março até o dia 26. Escrita e dirigida por Carlos Jardim, a peça conta a história de Pedro (Edmundo Vitor) que tenta se reerguer após o término de seu tórrido relacionamento com Fábio (Felipe Barreto). A peça, com duração de 60 minutos e classificação de 16 anos, fica em cartaz de sexta a domingo às 19h, também traz composições inéditas, criadas especialmente para o espetáculo por Carlos Jardim e Liliane Secco. Os ingressos variam de R$ 25 a R$ 50 e podem ser adquiridos aqui.

A escrita de Igor Pires, autor do livro, está ligada ao mundo hiper conectado nas redes sociais. Seu livro de estreia vendeu meio milhão de exemplares e motivou o projeto TCD nas redes sociais, que tem quatro milhões de seguidores. Igor está lançando o quinto volume da série ao mesmo tempo em que sua primeira história chega aos palcos.

"Li uma reportagem sobre o livro e achei muito interessante que um jovem de vinte e poucos anos tivesse escrito histórias de amor tão intensas e ainda em forma de poesia. Logo percebi a força daqueles sentimentos, e como isso poderia ficar forte no palco", relembra, em nota, Carlos Jardim, que estreia na direção teatral após assinar roteiro e direção do bem-sucedido documentário Maria -- Ninguém sabe quem sou eu, sobre a cantora Maria Bethânia, cuja bilheteria acumula mais de 20 mil espectadores.

"Igor foi incrível, me deu total liberdade para adaptar a história", lembra Jardim. Uma das grandes diferenças será a presença do ex-namorado do personagem em cena. "O livro me pareceu um grande desabafo do Igor depois de ser deixado pelo namorado. Mas só o Igor tem voz na narrativa. Fiquei imaginando quem seria a pessoa que motivou tanta dor e tantos poemas lindos! Criei então o outro personagem, que não existe no livro", conta o diretor, que ressalta a importância de se contar uma história de amor homossexual depois de todo o período de avanço do conservadorismo no país.

Igor Pires faz coro a Jardim: "Existe uma necessidade de que histórias de amor como esta sejam contadas, especialmente porque o público pode se relacionar em um lugar comum, e acredito que o livro e o espetáculo proporcionarão tamanha identificação".

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[01/03/2023 08:00:00]