
A luta dos funcionários da HarperCollins dos EUA – uma das cinco maiores editoras do país – por melhores salários continua rendendo.
Desde dezembro de 2021, funcionários da empresa de diversos setores – publicidade, design, marketing – negociam seus direitos na editora. Em outubro, os sindicatos votaram a favor de uma greve após uma paralisação de um dia feita em julho e, desde então, muitos funcionários da empresa estão sem trabalhar. Em um comunicado à imprensa, a editora disse que está “desapontada por não ter chegado a um acordo e continuaremos a negociar de boa fé."
Enquanto isso, mais de 150 agentes literários assinaram uma carta aberta comprometendo-se a não apresentar novos projetos à HarperCollins dos EUA em apoio aos trabalhadores da empresa que estão em greve.
A carta, endereçada à equipe da HarperCollins, expressa o apoio dos signatários ao HCP Union e afirma que “nós e nossos clientes nos beneficiamos muito da paixão e experiência da equipe da HarperCollins e os apoiamos em suas demandas por um salário-mínimo, um local de trabalho mais igualitário e proteções sindicais mais fortes”.
O texto ainda diz que até que um acordo seja alcançado e a greve termine, eles não enviarão novos projetos à HarperCollins além daqueles já contratados. “Uma HarperCollins e uma indústria editorial bem-sucedidas dependem de nossos amigos da linha de frente, por isso nos solidarizamos com eles e pedimos que a HarperCollins volte à mesa de negociações e conceda a eles um contrato justo. Enquanto isso, omitiremos os editores da HarperCollins de nossas listas de submissão.”
A carta foi organizada por Chelsea Hensley, assistente associada da KT Literary Agency, e contém a assinatura de outros funcionários da agência, membros da Aevitas Creative Management, a agente sênior Jen Marshall e várias pessoas da Janklow & Nesbit, as agentes Melissa Flashman e Mina Hamedi, agentes da The Bent Agency, Trellis Literary Management, Paper Literary, Stimola Literary, entre outros.