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Apanhadão da semana: Caetano Veloso terá todas as letras reunidas em livro
PublishNews, Redação, 03/06/2022
Em agosto, quando o cantor baiano completará 80 anos, a Companhia das Letras vai lançar a compilação das letras; no mesmo mês, a Bazar do Tempo publicará livro de análise sobre a obra do compositor

A coluna Painel das Letras, na Folha, noticiou que Caetano Veloso movimentará as editoras no seu aniversário de 80 anos. Em agosto, a Companhia das Letras vai lançar um volume com todas as quase 400 letras escritas por Caetano ao longo de sua carreira. Compilado por Eucanaã Ferraz, o livro, que inclui até as letras das músicas gravadas em seu disco recente, Meu coco, não terá fotos. Além das letras, apenas breves textos de apresentação. A editora Bazar do Tempo lança, também em agosto, Objeto não identificado, livro organizado por Pedro Duarte com ensaios de Paulo Henriques Britto, Maria Rita Kehl, Guilherme Wisnik, Acauam, Oliveira Heloisa Starling e outros autores sobre diferentes aspectos da obra do compositor.

A Folha trouxe reportagem sobre Terramar, obra da escritora americana Ursula K. Le Guin (1929-2018) que abriu o caminho para que Harry Potter pudesse ter seu espaço na literatura de fantasia. A coleção de seis livros, que tem protagonismo negro e elementos de filosofia oriental, começa a ser relançada no Brasil pela editora Morro Branco. O primeiro volume, lançado originalmente em 1968, é O Feiticeiro de Terramar. Para muitos críticos, a obra é comparável em sua complexidade a O Senhor dos Anéis, de J.R.R. Tolkien, mas traz alguns elementos subversivos.

O Estadão publicou longa entrevista com a filósofa e ativista Sueli Carneiro, considerada uma das maiores pensadoras negras do Brasil. Na conversa, ela faz uma retrospectiva histórica do feminismo negro no país e sublinha o surgimento de organizações lideradas por mulheres negras como “resultado da insuficiência teórica e prática do feminismo branco tradicional para identificar, compreender e equacionar politicamente as diferenças raciais e culturais das diferentes mulheres do mundo”.

O Estadão trouxe também um texto escrito por Hughes Honoré, da agência de notícias France Presse, a respeito de um bestseller em constante modificação. Ele fez uma análise detalhada de O diário de Anne Frank, mostrando como o texto da jovem de Amsterdã que morreu em um campo de concentração na Segunda Guerra Mundial foi sendo revisto e ampliado em várias edições diferentes desde seu primeiro lançamento, em 25 de junho de 1947. A obra vendeu mais de 35 milhões de cópias no mundo até hoje.

O Globo publicou entrevista com o sociólogo Luiz Augusto Ramalho, que nos anos 1960 teve um romance com a poeta Ana Cristina César. Separados, ela viajou para o intercâmbio em Londres, e ele, perseguido pela ditadura, foi para a Alemanha. Ramalho publica agora Amor mais que maiúsculo (Companhia das Letras), um livro com cartas que a poeta escreveu para ele entre 1969 e 1971, já demonstrando ser uma poeta em formação. Ana Cristina César que completou completaria 70 anos na última quinta-feira (02), voltou ao Brasil em 1970 e tornou-se uma das principais poetas de sua geração até cometer suicídio em 1983, aos 31 anos. Sua obra maior é A teus pés (1982).

O Globo também destacou o lançamento de Poemas e desenhos inéditos (Lacre), com material inédito no Brasil produzido pelo jornalista, poeta e crítico literário Ivan Junqueira(1934-2014). Conhecido por seus versos sisudos, muitas vezes tendo a morte como temática, esses poemas e desenhos da sua juventude mostram um lado irônico e divertido do escritor. Essa faceta que sua viúva chama de “Ivan Junqueira da mesa de bar” era só conhecida por seus amigos e também por seus colegas imortais na Academia Brasileira de Letras.

[03/06/2022 10:00:00]
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