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Apanhadão da semana: Estadão indica o melhor da aniversariante Nélida Piñon
PublishNews, Redação, 06/05/2022
Jornal lista cinco obras fundamentais da escritora, que completa 85 anos; Folha publica caderno especial com 200 livros para entender o Brasil; Globo entrevista espanhola que pode ser 'a nova Elena Ferrante'

No Estadão, os 85 anos da escritora Nélida Piñon [foto], comemorados na última terça-feira (03), motivam a publicação de uma lista de cinco obras fundamentais da autora. São elas: Guia-mapa de Gabriel Arcanjo (1961), seu romance de estreia; O calor das coisas (1980), coletânea de contos; A república dos sonhos (1984), narrando a história de imigrantes galegos que chegam ao Brasil; A doce canção de Caetana (1987), sobre uma atriz que volta para sua cidade natal, durante a ditadura militar; e Uma furtiva lágrima (2019), que surgiu como um diário após Nélida ser diagnosticada com câncer terminal em 2015. Pouco tempo depois foi descoberto o erro no diagnóstico, mas ela seguiu com o diário. Com exceção do primeiro, os livros estão no catálogo da Record

Ainda no Estadão, na coluna Um livro por semana, Maria Fernanda Rodrigues destacou o terceiro número da revista Olympio, que fala de literatura e de suas conexões com outras artes. O destaque da edição são três textos sobre Maria Valéria Rezende, escritora e freia missionária, autora de Quarenta dias e Outros cantos, entre várias obras. Os textos são de Marília Arnaud, Frei Betto e Marcelino Freire.

No Globo, uma entrevista com Andrea Abreu, escritora espanhola que tem lançado no Brasil Pança de burro (Companhia das Letras). O livro narra a amizade obsessiva de duas meninas nas Ilhas Canárias, terra da autora. Filha de faxineira, ela escreve da perspectiva dos que servem aos turistas. Alguns críticos relacionam o romance com obras da best-seller misteriosa Elena Ferrante.

O Globo repercutiu o sucesso da HQ adaptada pela Netflix Heartstopper. Os volumes da série da autora inglesa Alice Oseman, lançados no Brasil pela Seguinte, frequentam a Lista de Livros Mais Vendidos do PublishNew. Segundo a Netflix o que surpreende é que a versão com atores dos quadrinhos que contam a história de amor entre os adolescentes Charlie e Nick tem audiência de todas as idades. A HQ se insere num evidente crescimento de temas LGBTQIA+ no gênero.

Na Folha, a semana foi marcada pelo caderno especial “Conheça 200 importantes livros para entender o Brasil". O jornal pediu a 169 intelectuais sugestões de obras que formaram um ranking, encabeçado por Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus.

Também na Folha está uma entrevista o neurocientista Sidarta Ribeiro, que lança Sonho manifesto: dez exercícios urgentes de otimismo apocalíptico (Companhia das Letras). O tema é o mesmo do best-seller O oráculo da noite lançado em 2019, e de alguns entre mais de uma centena de artigos científicos que publicou: a importância dos sonhos para a sobrevivência. O autor prescreve otimismo e solidariedade para desarmar a bomba planetária.

A Folha publica entrevistou com Eliana Alves Cruz, escritora que lança Solitária (Companhia das Letras), seu primeiro romance contemporâneo, sobre mãe e filha que moram em quarto de empregada. Os três primeiros romances da autora se passam durante a escravidão, oferecendo um olhar afrocêntrico que enchia histórias antigas de vigor e novidade.

O Valor trouxe análise do livro da portuguesa Teolinda Gersão, que lança O regresso de Júlia Mann a Paraty (Oficina Raquel). Sob uma ótica psicanalítica, a obra fala da mãe brasileira do escritor alemão Thomas Mann (1875-1955). Baseada nos fatos reais, mas com liberdade para criar alguns momentos ficcionais, ela mostra uma família recheada de relações incestuosas e homoeróticas, ligadas a complexos de Édipo e Electra.

[06/05/2022 09:00:00]
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