O pequeno livro dos buracos negros (Crítica, 256 pp, R$ 56,90 – Trad.: Rosaura Eichenberg) fornece uma introdução breve às propriedades básicas dos buracos negros e sua ocorrência no universo. Um buraco negro é, essencialmente, uma região do espaço-tempo para a qual a matéria é atraída e da qual é impossível escapar. Foi em 2015, quase 100 anos depois de Albert Einstein formular a teoria da relatividade geral, que o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO) confirmou a detecção de um par de buracos negros prestes a se fundirem, episódio que eletrizou a comunidade da física. Esse primeiro evento de descoberta deu início a uma nova era da astronomia de onda gravitacional. No livro, os autores Steven Gubser e Frans Pretorius pretendem descrever os buracos negros não apenas como objetos astrofísicos nos quais a existência está quase fora de dúvida, mas também como laboratórios teóricos que ajudarão a aprimorar outros conceitos. Inicialmente a obra se volta para a teoria da relatividade de Einsten, formulação fundamental que prediz o tipo de ondas gravitacionais que o detector do LIGO deve perceber no caso de colisão de buracos negros. Nos capítulos subsequentes, os autores discutem sobre os buracos negros de Schwarzschild, os buracos negros em rotação, as colisões de buracos negros, entre outros temas. Em toda a obra, os autores usam experimentos mentais criativos para tornar acessível esse universo de conceitos.