E a proposta tem o engajamento pessoal de Emmanuel Macron. Em declaração em frente às câmeras da BFMTV, o presidente francês defendeu que precisa procurar um equilíbrio na concorrência entre os players de e-commerce e as livrarias independentes em termos de custos de entrega. “A Lei Lang [como é chamada a lei do preço fixo na França] nos permitiu ter um tecido de livrarias independentes extremamente forte”, disse.
Ele declarou que apresentará, nas próximas semanas, um projeto de lei sobre o assunto. De acordo com a Livres Hebdo, em dezembro de 2020, a senadora Laure Darcos (LR) já tinha apresentado um projeto de lei que pretende padronizar os custos de envio.
O Sindicato das Livrarias Francesas (SLF) se pronunciou dizendo que está “muito satisfeito com o compromisso com presidente da República a favor do reequilíbrio da concorrência nos custos de envio de livros entre plataformas de internet e as livrarias independentes”.
Na França, desde 2014, há uma lei que impede o frete grátis por e-commerce para o envio de qualquer produto. Para driblar essa lei, a Amazon cobra um centavo de euro para enviar seus produtos. “Enquanto a Amazon cobra um centavo de euro pelo envio de um livro para a casa do consumidor, o livreiro paga 6,50 euros. Se o livreiro repassar esses custos para os clientes, ele os perde e se arca com esses custos de envio, ele terá prejuízo. Trata-se de uma alternativa insustentável para os livreiros”, completou o comunicado do SLF.