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Entre o ensaio e a autobiografia
PublishNews, Redação, 29/01/2020
Escritos entre 1944 e 1962 por Natalia Ginzburg, os 11 relatos de ‘As pequenas virtudes’ são um marco da escrita memorialística do século XX

Sem idealizações nem sentimentalismos, As pequenas virtudes (Companhia das Letras, 128 pp, R$ 44,90 – Trad.: Mauricio Santana Dias) é fruto de uma prosa que, ao falar de coisas simples, revela as questões humanas mais profundas. Em 11 textos, a escritora italiana Natalia Ginzburg não faz delimitações entre as dimensões social e histórica, construindo uma obra singular. O livro é dividido em duas partes. A primeira se atém a deslocamentos — como o período em que a autora morou em Londres — e a retratos de duas figuras centrais em sua vida: o poeta Cesare Pavese, de quem ela foi amiga, e Gabriele Baldini, seu segundo marido. Na segunda, figuram ensaios como O filho do homem, uma avaliação das sequelas da guerra recém-terminada; O meu ofício, em que Ginzburg explora as relações entre escrita e verdade íntima; e o texto que dá título a este volume, um elogio às verdadeiras grandezas humanas.

[29/01/2020 07:00:00]
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