Alexis Jenni dá aulas de biologia num colégio de Lyon, tem três filhos e já escreveu três originais: um deles foi rejeitado por editoras, o outro ele nunca tentou publicar e o terceiro ganhou o Goncourt, o prêmio de literatura mais importante da França.

Jenni levou a premiação com o romance L'Art français de la guerre(Gallimard, 640 pp., 21 euros), ou A arte francesa da guerra, em tradução livre, que conta a história militar da França pelos olhos de um veterano de guerra. A obra bateu o romance concorrenteDu Domaine des Murmures (Gallimard, 200 pp., 16,90 euros), de Carole Martínez, por cinco votos a três.

A premiação tem um valor simbólico de apenas 10 euros, mas gera um enorme efeito sobre as vendas do livro vencedor. Nos últimos seis anos, as obras ganhadoras do Goncourt venderam em média 400 mil cópias, segundo a empresa de pesquisas Gfk.

Criado em 1903, o prêmio já foi conquistado por escritores como Marcel Proust (1919), André Malraux (1933), Simone de Beauvoir (1954) e Marguerite Duras (1984).