O Mito de Sísifo é um dos mais importantes livros da obra de Albert Camus. Publicado originalmente em 1942, trata-se de um ensaio clássico do autor de A peste, A queda e O estrangeiro, sobre o absurdo e o suicídio. A editora Record, que vem publicando toda a obra do escritor francês, lança agora uma nova edição em português deste clássico (160 pp., R$ 28,90), traduzida por Ari Roitman e Paulina Watch. Importante contribuição filosófico-existencial, O Mito de Sísifo foi publicado durante a Segunda Guerra Mundial, quando o mundo realmente parecia um absurdo. A guerra, a ocupação da França, o triunfo aparente da violência e da injustiça, tudo opunha brutal desmentido à idéia de um universo racional. Os deuses que condenaram Sísifo a empurrar incessantemente uma pedra até o alto da montanha, de onde ela tornava a cair, caracterizaram um trabalho inútil e sem esperança que podia exprimir a situação contemporânea. O Mito de Sísifo explica O estrangeiro, o homem absurdo antes de se revoltar, que se tornou assassino por causa de uma praia, um árabe, um Sol mediterrâneo e o revólver que estava no bolso, conjunto de circunstâncias que ele não procurou, nem quis.