Publicidade
A obra-prima de Panaït Istrati
PublishNews, Redação, 02/07/2018
Livro conta a história do jovem Stavro que passa a vida à procura da irmã, Kyra

Um jovem criado entre o rigor do pai e os mimos da mãe e da irmã – que usavam dos mais engenhosos artifícios para levar uma vida plena de prazeres – vê seus dias de conforto se diluírem pela fúria do provedor da casa. É esse o ponto de partida do romance Kyra Kyralina (Carambaia, 184 pp, R$ 74,90 - Trad.: Erika Nogueira), cujo protagonista, o jovem Stavro, passará a buscar com a mesma paixão a irmã Kyra, de quem foi brutalmente separado, e a própria sobrevivência. Vivendo de pequenos empregos em uma região em constante transformação, Stavro, encarnação do vagabundo errante, terá a vida narrada por Adrien Zograffi, alter ego do escritor romeno de expressão francesa Panaït Istrati (1884-1935). Istrati visita em suas histórias o caldeirão étnico dos últimos anos do Império Turco Otomano, tornando-se um observador raro e minucioso da transição do século XIX para o XX nas bordas da Europa. Entre outros aspectos incomuns para a época de Kyra Kyralina está também o fato de ser protagonizado por um personagem homossexual. Os personagens – que vão da mãe libertina e do pai brutal até vagabundos e senhores amorais – falam grego, romeno, armênio e turco, e as deambulações chegam até a Ásia Menor. À moda dos contos orientais, a narrativa se alterna em episódios interligados.

[02/07/2018 07:00:00]
Matérias relacionadas
'Os sussurros' é um romance empolgante sobre quatro famílias cujas vidas mudam quando o impensável acontece
Em 'O templo dos meus familiares', Alice Walker apresenta povos cuja história é antiga e cujo futuro ainda está por vir
Publicado pela Moinhos, livro conta a história de uma professora que, à beira do afogamento psicológico, acha forças para se reerguer
Leia também
Em 'A jornada de Mary', a autora desdobra as várias camadas da traição
Em 'O templo dos meus familiares', Alice Walker apresenta povos cuja história é antiga e cujo futuro ainda está por vir
Em 'Viver depressa', a autora-personagem lida com a morte do marido, imaginando o que poderia ter acontecido de diferente e salvado sua vida