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Romance autobiográfico
PublishNews, Redação, 20/05/2024
Em 'Viver depressa', a autora-personagem lida com a morte do marido, imaginando o que poderia ter acontecido de diferente e salvado sua vida

Ganhador do Goncourt de 2022, o romance autobiográfico Viver depressa (Tusquets, 160 pp, R$ 49,90 – Trad.: Maria de Fátima Carmo), de Brigitte Giraud, narra a busca da autora em compreender a inesperada morte do marido, vinte anos após o ocorrido. Entre lembranças, sentimentos e questionamentos internos, Giraud tece uma história tensa e veloz. Ao precisar vender a casa onde vive há anos, Brigitte revive as memórias que antecederam a morte do marido. Apesar do acidente ter acontecido dias antes de se mudarem, aquele local era um espaço onde estabeleceriam uma família e criariam raízes e, por isso, lhe trouxe lembranças de um passado distante. Por meio de recordações, a autora-personagem recria o homem que amou, ao mesmo tempo que se agarra a pensamentos irreais. Ela conta a história a partir de vários “e se?”, e evidencia os sentimentos de dor, culpa, impotência que sente e que assolam pessoas que passam por situações semelhantes. Viver depressa é uma obra que dialoga sobre a morte, o luto e como o processo afeta o senso de realidade. Giraud investiga e recria sua vida e a do marido, de súbito miraculosamente ressuscitado em suas páginas.

Tags: romance, Tusquets
[20/05/2024 07:00:00]
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