Numa premiação marcada pelo reconhecimento especial aos jornalistas ucranianos, o anúncio dos prêmios Pulitzer, distribuídos pela Universidade de Columbia e reconhecidos como os de maior prestígio no jornalismo americano, o Washington Post ganhou o prêmio de Serviço Público. É o troféu mais cobiçado pela imprensa dos EUA, e o Post ganhou por sua cobertura da invasão do Capitólio, em Washington, no começo do ano passado. Nos prêmios de literatura, muitos títulos que ainda esperam futuras publicações no Brasil. O vencedor em Ficção foi The Netanyahus: an account of a minor and ultimately even negligible episode in the history of a very famous family, de Joshua Cohen, editado pelo New York Review Books. Seu título extenso pode ser traduzido como O Netanyahus: um relato de um episódio menor e, em última análise, até insignificante na história de uma família muito famosa. Segundo a organização do prêmio, “é um romance histórico mordaz e linguisticamente hábil sobre as ambiguidades da experiência judaico-americana”. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Na semana em que Alfredo Machado completaria 100 anos, a Record presta uma homenagem ao fundador da editora num episódio especial do programa A casa do livro. A escritora Nélida Piñon, uma das estrelas brasileiras da casa, era muito amiga de Machado e conta um pouco de sua convivência com ele. Nélida fala, por exemplo, da importância do editor como um pioneiro, um desbravador na participação dos editores brasileiros nas feiras literárias. Antes das iniciativas de Machado, não havia o hábito dos editores irem todo ano a Frankfurt, Londres e outras festas de livro. “O best-seller serve a livraria como o feijão e o arroz ao armazém. Graças à velocidade de venda desses cereais humildes é que o armazém pode manter no estoque itens mais sofisticados", dizia Machado. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Esta semana, o Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+, traz dois editais que têm pregão marcado para 19 de maio. Um edital visa a contratação de empresa especializada em serviços de revisão de textos, diagramação de livros, livretos, livros impressos e e-book e edição e produção de livros em versão digital. O valor estimado é R$ 233.470,00. O segundo tem como objeto a aquisição de livros didáticos para educação infantil. O valor chega a R$ 147.490,00. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar desta semana, clique aqui.

O blog, que nada mais era do que um espaço legal destinado a diários digitais de quem curte escrever, conquistou uma nova interpretação. Pois, graças às redes sociais, o blog se transformou num espaço privilegiado de websites, passando a agregar assuntos ligados não só à página eletrônica como da própria empresa e seus produtos. Muitas empresas, no entanto, deixam seus blogs desatualizados, ou como meros apêndices das vendas e de campanhas. Perdendo, assim, a grande oportunidade de ampliar seu esforço digital e não retendo o visitante de uma pesquisa descompromissada ou de pesquisas correlatas ao que se vende. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta coluna.

A HarperCollins Brasil está em busca de um Designer PJ para atuar no selo Thomas Nelson Brasil. É necessário ter formação em Design Gráfico; domínio do pacote Adobe Creative Cloud; do pacote Office e de composições, diagramação, tratamento de imagens, cores e do uso tipografia. Também é esperado que o candidato tenha comprometimento com prazos e qualidade de entrega, além de contribuir nas campanhas e trabalhar de forma cooperativa com o diretor de design e redator da equipe. O designer ficará responsável por desenvolver peças gráficas a partir de briefings recebidos para as campanhas de lançamento, peças para canais digitais (e-mail marketing, redes sociais, display para parceiros, etc) e off-lines (PDV, backdrop, encartes, etc). As inscrições estarão abertas até o dia 03 de junho e os interessados podem se inscrever clicando aqui.

A Edipro, editora dos clássicos, está em busca de um social media para atualizar, monitorar e gerar conteúdo para as páginas do grupo. O profissional atuará na produção de layouts, fotos e vídeos; programação de posts; relacionamento com seguidores, ações de impulsionamento e aumento de engajamento. É preciso ter experiência em mídias digitais; facilidade de trabalhar em equipe; ensino superior (completo ou em conclusão) preferencialmente em Marketing digital ou em Comunicação em Mídias digitais, ou com formação afim. A editora pede também que os candidatos tenham conhecimento intermediário/avançado Pacote Adobe: InDesign, Illustrator, Photoshop e Acrobat; conhecimento básico Pacote Office; conhecimento e experiência em mídias sociais (Facebook, Instagram, TikTok, Youtube), o que inclui a redação, produção e gerenciamento de publicações e dados estatísticos. Interessados devem encaminhar currículos com pretensão salarial para Thiago Santos, pelo e-mail imprensa@edipro.com.br.

Evanildo Bechara tem dedicado sua vida aos estudos da língua portuguesa e trabalhado para colocar esse saber ao alcance de todos. Análise e história da língua portuguesa (Nova Fronteira, 256 pp, R$ 69,90) é o segundo livro da série de três volumes intitulada Uma vida entre palavras. Na obra, o filólogo, gramático e linguista reúne 47 artigos que abordam a trajetória e as idiossincrasias do nosso idioma. Escritas sempre de forma clara e com viés informativo, são investigações interessantes não só para aqueles que desejam ampliar seus horizontes no mundo da cátedra, mas para todos os amantes do tema. Publicados inicialmente em variados jornais e revistas, os textos do volume passeiam por questões como a gramática no atual contexto das disciplinas linguísticas, a reforma ortográfica, o uso de estrangeirismos e o ensino gramatical nas escolas. No ensaio intitulado Última flor do Lácio, há ainda uma profunda reflexão sobre as histórias externa e interna do idioma, feita por Bechara a partir da leitura de um poema de Olavo Bilac.

Breve história da Segunda Guerra Mundial (Todavia, 400 pp, R$ 89,90 - Trad.: Claudia Abeling) é uma narrativa cronológica e bem fundamentada do evento mais funesto do século XX, cujos reflexos e desdobramentos diretos – entre eles a ameaça do uso de armamentos nucleares em situações de conflito – nos assombram até os dias de hoje. Ralf Georg Reuth, jornalista e historiador especialista no assunto, ilumina o tempo todo o modus operandi de Hitler. O leitor é apresentado a uma característica única que diferenciava o ditador nazista de Stálin, seu rival ideológico. Ambos ignoravam as regras do jogo da realpolitik liberal e burguesa tradicional, mas, ao contrário do líder soviético, que, mesmo com toda a pretensão comunista de salvação do mundo, se manteve realista, o líder alemão se guiava por fatores irracionais (algo de difícil compreensão a partir do presente esclarecido) que levaram a erros calamitosos, tanto do lado alemão quanto dos Aliados. A partir dessa premissa, o arco narrativo parte da República de Weimar e passa por eventos-chave fundamentais para a compreensão dos acontecimentos que levaram o conflito a se tornar uma Guerra Mundial – a Blitzkrieg contra a Polônia e a França, a guerra de destruição contra a União Soviética e a luta final pelo Reich e a morte de Hitler – até chegar à cortina de ferro e à capitulação do Japão.

O historiador Laurence Rees, um dos maiores especialistas em Segunda Guerra, combina fortes relatos de testemunhas oculares como uma análise profunda, e mostra na obra Hitler e Stálin (Crítica, 592 pp, R$ 124,90 - Trad.: Cláudio Carina) como os dois ditadores lideraram seus países na guerra mais destrutiva da história. Hitler e Stálin, os dois grandes tiranos do século 20, apesar de serem adversários ferrenhos, eram também, em grande medida, lados diferentes da mesma moeda. Aliados por um breve período durante a Segunda Guerra Mundial, Adolph Hitler e Josef Stálin posteriormente tentaram exterminar um ao outro na mais brutal campanha militar já vista na história. No comando da Alemanha e da União Soviética, eles se destacaram do resto da humanidade por causa de suas crueldades e do nível de modificação que causaram no mundo. Neste livro, o britânico Rees monta um retrato comparativo do mal, em que o idealismo é poluído pelo pragmatismo sangrento e o sofrimento humano é usado casualmente como uma ferramenta política. Rees conheceu mais pessoas que trabalharam diretamente para Hitler e Stálin do que qualquer outro historiador.

Aproximações: Estudos de história e historiografia (Editora 34, 448 pp, R$ 98) reúne escritos dispersos de um grande mestre da historiografia brasileira. Fernando A. Novais é conhecido pela parcimônia em publicar, o que soa estranho em tempos de papers ligeiros em profusão no ambiente universitário. O autor destila em cada escrito, em cada comentário, em cada observação, uma clarividência de que só a verdadeira reflexão é capaz. Como diz o subtítulo, estão aqui reunidos Estudos de história e historiografia. Neles, o leitor poderá conhecer sucessivas versões de uma visão verdadeiramente seminal da nossa história, ou seja, a oficina de Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808), obra que provocou e provoca debates até hoje. Numa segunda parte, o leitor revê as trajetórias de figuras-chave como Capistrano de Abreu, Sérgio Buarque de Holanda, Celso Furtado e Caio Prado Jr., este a grande referência para o trabalho de Novais. Fecha o volume uma montagem de cinco longas entrevistas que, segundo Laura de Mello e Souza, “é um dos momentos mais altos de Aproximações, quando o historiador e o professor se alternam para deixar registrado o brilho do raciocínio em desenvolvimento”.