A Livraria Cultura fechou as portas da sua loja no Conjunto Nacional, em São Paulo, após o Tribunal de Justiça do Estado indeferir um recurso da empresa. Uma decisão havia sido emitida na sexta-feira (23), reforçando que "deve ser mantida a decisão que determinou a convolação da recuperação judicial em falência, diante do descumprimento generalizado do plano de recuperação judicial". A nova decisão é assinada pelo desembargador Beretta da Silveira, presidente da Seção de Direito Privado do TJ-SP. Em contato com o PublishNews, o CEO da Cultura, Sérgio Herz, afirmou que vai recorrer da decisão em Brasília. "Iremos recorrer da decisão em Brasília e esperamos brevemente reverter a situação", disse, por mensagem em aplicativo. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um oficial de justiça chegou à loja do Conjunto Nacional por volta de 11h desta segunda-feira (26). Segundo relatos de funcionários, as editoras retiraram seus livros do local ao longo do dia. Ao jornal, um advogado de defesa da Cultura disse que não há previsão de reabertura. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Com apenas um ano e meio de atividades, mas no âmbito de uma casa editorial com experiência e qualidade reconhecida, o selo Autêntica Contemporânea já consolidou sua marca no mercado nacional, publicando autores brasileiros e estrangeiros que têm reunido boa repercussão crítica e de público. Em entrevista ao PublishNews, a coeditora do selo, Rafaela Lamas, apontou as perspectivas de publicação para os próximos meses: O garoto do meu pai, da francesa Emmanuelle Lambert em tradução de Adriana Lisboa, novos livros de autoras já no catálogo, como a equatoriana Mónica Ojeda e a mexicana Cristina Rivera Garza, e novas edições de Deborah Levy. "A ambição por reconhecimento da crítica e do nosso público leitor sempre fez parte desse planejamento. Mas, claro, deixamos espaço para nos surpreendermos. A graça, no fim das contas, está aí. Como balanço, posso dizer que boa parte das nossas expectativas se concretizaram, e aqui me refiro também aos desafios para tornar sustentável um projeto como este", atesta a editora. Clique no Leia mais para ler a entrevista na íntegra.

A autora americana Lynn Painter é mais um nome internacional confirmado para compor a programação da Bienal do Livro Rio, que ocorre entre os dias 1 e 10 de setembro, no Riocentro, na Barra da Tijuca. Best-seller do The New York Times e USA Today, o livro Melhor do que nos filmes, publicado por aqui pela Intrínseca, tornou-se rapidamente um grande fenômeno do TikTok. Embalado por músicas da Taylor Swift, a obra traz uma divertida história sobre encontrar o amor onde menos se espera. Em meio ao sucesso na plataforma, Lynn Painter vai lançar mais um de seus livros durante a Bienal: Amor por engano. Neste lançamento, Lynn conta a história de Olivia. Depois de ser demitida e descobrir que o seu namorado estava tendo um caso com uma colega de trabalho, ela decide fechar esse ciclo desastroso queimando as cartas que seu ex lhe escreveu. Ela só não esperava que, ao fazer isso, incendiaria o prédio inteiro. Sem emprego, sem casa e sem namorado, Olivia vai morar com o irmão e o amigo irritante dele. Tudo parece estar dando errado, até que ela recebe uma mensagem anônima e a sua vida começa a ficar mais emocionante. O que deveria ter sido um engano acaba se transformando num relacionamento envolvente - mesmo que ela não saiba a identidade do “Cara do Número Desconhecido”. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Faro Editorial comprou os direitos de uma das HQs mais premiadas de 2023: Chef’s Kiss, de Jarrett Melendez e Danica Brine. Por aqui, a obra recebeu o nome de Delícia! e será lançada em setembro, na Bienal do Livro Rio, pelo selo Poseidon. Na obra, o leitor conhece a história de Ben Cook, um jovem recém-formado em busca de seu sonhado emprego como escritor. Porém, ao se deparar com o acirrado mercado de trabalho e sem ter qualquer tipo de experiência, Ben vai descobrir que talvez a realização de seus sonhos não será tão simples. É aí que ele vai encontrar um emprego numa cozinha, afinal ele tem que pagar as contas, o que lhe abre caminhos para descobrir duas novas paixões: a gastronomia e Liam, um cozinheiro incrível e lindo. Elogiado pela crítica internacional, e considerado um novo Heartstopper, o livro já recebeu os prêmios Alex 2023, YALSA Grande Graphic Novel para Adolescentes, Melhor livro do New York Public Library 2022, e a indicação ao Prêmio GLAAD 2023. Segundo o Publishers Weekly, Delícia! é "uma mistura perfeita de romance e autodescoberta".

Nesta quarta (28), das 19h às 21h, na Janela Livraria do Jardim Botânico (Rua Maria Angélica, 171B / sala 107 – Rio de Janeiro / RJ) o autor Daniel Galera realiza o curso As outras faces de um romance. Em um único encontro, Galera irá abordar os detalhes da criação do romance Barba ensopada de sangue (Companhia das Letras), obra vencedora do Prêmio São Paulo e que no ano passado ganhou uma edição comemorativa de dez anos de sua publicação. A obra acompanha um professor de educação física que busca refúgio em Garopaba, um pequeno balneário de Santa Catarina, após a morte do pai. O protagonista (cujo nome não conhecemos) se afasta da relação conturbada com os outros membros da família e mergulha em um isolamento geográfico e psicológico. Ao mesmo tempo, ele empreende a busca pela verdade no caso da morte do avô, o misterioso Gaudério, que teria sido assassinado décadas antes na mesma Garopaba, na época apenas uma vila de pescadores. Para se inscrever ou obter mais informações sobre o curso, é só entrar em contato pelo WhatsApp (21) 96977-8401 ou pelo e-mail contato@janelalivraria.com.br. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Cia Bípede de Teatro Rupestre apresenta Noites Brancas, uma adaptação teatral do romance de Fiódor Dostoiévski, no Sesc 24 de Maio (Rua 24 de Maio, 109 – Centro, São Paulo / SP), entre os dias 29 de junho e 8 de julho, de quinta à sábado, às 18h. O espetáculo mantém a poética original do autor, proporcionando uma experiência que combina literatura e realidade. Os ingressos estão à venda no site do Sesc e custam a partir de R$ 10. O espetáculo narra a história de Sonhador e Nástienka, dois personagens ultrarromânticos que se encontram à beira do rio Nievá, em São Petesburgo. Sonhador busca algo significativo em sua vida solitária, enquanto Nástienka espera pelo retorno de seu grande amor prometido há um ano. Nas apresentações, o público testemunhará o encontro desses personagens e a emergência de seus sentimentos iluminados pelas estrelas e pelo sol das noites brancas, um fenômeno que torna o céu claro na madrugada da primavera. A peça traz uma abordagem moderna ao adaptar a obra de Dostoiévski num espetáculo que transita entre momentos de narração e momentos em que os personagens ganham vida no palco. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Uma história da linguística (Parábola, 320 pp, R$ 80) é a primeira obra escrita em português que se propõe retraçar o longo caminho que os seres humanos têm percorrido desde os tempos mais remotos e em diferentes civilizações na busca por decifrar essa faculdade exclusiva da espécie que é a linguagem e sua manifestação, entre outras formas, no que se convencionou chamar língua. Este primeiro volume parte da Mesopotâmia, onde se constituíram as primeiras sociedades urbanizadas da história, aborda as reflexões linguísticas empreendidas nas tradições hindu, islâmica e judaica para em seguida se fixar na Europa e nos desdobramentos das teses sobre a língua/linguagem desde a Antiguidade greco-romana até os séculos 17 e 18, depois de passar pela Idade Média e pelo Renascimento. A maioria dos livros que contam a história da linguística costumam se concentrar na trajetória que as reflexões sobre a linguagem têm percorrido desde os gregos antigos até os dias de hoje. No entanto, como é fácil imaginar, todas as grandes civilizações tiveram de enfrentar e resolver os problemas da representação de suas línguas na escrita e de ensino dessas línguas, mesmo que reservado a uma reduzida parcela de sua população. Por isso, este livro de Marcos Bagno, antes de contar a história da linguística no chamado Ocidente, examina de que modo a análise linguística, junto com o planejamento do ensino (ou mesmo por causa dele), se desenvolveu em algumas tradições mais antigas no Oriente.

Uma percepção comum do autor estreante é a crença de que para escrever bem basta não deslizar na gramática. Ou que criar uma voz elevada é o passaporte para a escrita de qualidade, uma vez que a língua corrente não estaria à altura da prosa literária. Já o narrador poético, em busca de boas imagens, pode pesar a mão nos adjetivos. A prosa concisa pede atenção especial ao ritmo dos parágrafos. Para o ensaísta, a armadilha é valorizar a ideia deixando o texto em segundo plano. Durante seis anos, a editora Vanessa Ferrari coletou estas e outras impressões a partir dos originais submetidos para publicação. Algumas decisões de escrita apareceram com frequência e, a partir delas, uma tipologia se desenhou. Nomeados como Saudosista, Poético, Conciso, Erudito e Autobiográfico esses narradores mostraram que, com uma voz ainda em construção, o estreante se apoia a um tipo narrativo que ele mais se identifica, entende como texto final o que ainda é esboço e escolhe palavras, constrói frases sem usar todo o potencial da língua como ferramenta estética. O lugar das palavras (Moinhos, 102 pp, R$ 55) — destinado a escritores, professores e amantes da literatura — propõe ampliar o olhar sobre a nossa língua a partir de critérios dos profissionais da escrita.

A partir de atividades realizadas como mediador de leitura em duas unidades prisionais da região metropolitana de Belo Horizonte, passando por análise de leis e criação de projetos de inclusão, Alexandre Amaro ampliou em Construir sobre ruínas (Autêntica, 256 pp, R$ 64,50) seu arcabouço de estudo com as mais diversas obras de autores que viveram a privação de liberdade e o surgimento de programas de remição de pena. O autor procurou entender como são constituídos os modos de subjetivação da experiência prisional e como esse ambiente de segregação, de violência física/simbólica e de despersonalização dos indivíduos inviabiliza as práticas educativas de leitura e escrita, as quais poderiam atuar como minimizadoras dos efeitos perversos da privação de liberdade.

Por que ler. O que ler. Estas são as grandes reflexões que o autor José Roberto de Castro Neves divide com o leitor em Caixa de palavras (Nova Fronteira, 400 pp, R$ 99,90). Mergulhando em suas mais tenras lembranças pessoais – o autor foi criado por um pai que incentivou de forma lúdica a leitura – e passando pelas grandes descobertas literárias da adolescência, Castro Neves recupera e cataloga seu mundo livresco que lhe conferiu seu riquíssimo repertório de palavras e entendimentos acerca da vida. Obras de nomes como Clarice Lispector, Machado de Assis, Thomas Mann, Oscar Wilde, Eça de Queirós, Homero, Fernando Pessoa, Shakespeare, Cecília Meireles, J.R.R. Tolkien, Drummond e muitos outros são tratados na obra. José Roberto enaltece a literatura com uma escrita para todos, honesta, leve, fluida e cheia de curiosidades.