A sueca Storytel, uma das líderes globais em streaming de audiobooks e e-books, anunciou na última semana que o seu fundador, Jonas Tellander, deixará o cargo de CEO. Ele permanecerá no conselho e a vice-presidente executiva Ingrid Bojner assumirá o cargo até a empresa encontrar um novo CEO. "É hora de uma nova liderança na Storytel, 17 anos de foco total na Storytel cobraram seu preço”, disse Tellander em um comunicado oficial. “Pessoalmente, depois de um pouco de folga, espero continuar a criar valor na Storytel como proprietário e membro do conselho. Com o tempo, também me esforço para ser uma voz forte e genuína na sociedade em questões relacionadas à leitura e ao empreendedorismo”, completou. Junto com o anúncio de Tellander, a empresa sueca também divulgou o seu relatório anual de 2021. No ano passado, as vendas totais foram de US$ 358 milhões, em comparação aos US$ 279 milhões em 2020. A meta para 2022 é crescer de 30% a 34%. O relatório, que pode ser conferido clicando aqui, ainda diz que a aquisição da Audiobooks.com foi completada em janeiro e que a parceria com o Spotify ainda está em análise.

Já há alguns anos o mercado editorial vem acompanhando uma nova tendência: as adaptações literárias para as telas dos streamings e cinemas. No último Sabatina do PN, Lucia Riff, dona da agência literária Riff, falou sobre o assunto. “As produtoras estão procurando cada vez mais livros ainda não publicados. Querem que a gente mande livros que ainda estão no prelo”, contou. No Podcast do PublishNews dessa semana, quisemos saber mais sobre o assunto, sobre como os livros se tornaram essa importante fonte de material criativo paras as telas. Só para citar alguns exemplos, o livro A vida invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Medeiros, serviu de base para o roteiro do filme de mesmo nome e que acabou entre os finalistas do Frankfurt Buchmesse Film Awards em 2019. Nos indicados do Oscar 2022, temos também os filmes A filha perdida, baseado na obra da italiana Elena Ferrante, e Ataque dos cães, baseado no romance homônimo escrito por Thomas Savage e publicado em 1967, que concorrem em várias categorias da premiação. Então, para entender como funciona esse mercado de compra e venda de direitos autorais para adaptação nas telas, conversamos com duas partes desse processo. De um lado temos Rodrigo Teixeira, produtor brasileiro de cinema e responsável por diversos filmes de sucesso como O cheiro do ralo, O Farol, o já citado A vida invisível, e do aclamado Me chame pelo seu nome. Rodrigo começou comprando direitos autorais e fundou a RT Features, que produz seus próprios filmes. Do outro, temos Carina Rissi, escritora best-seller de mais de uma dezena de livros, que já venderam mais de 400 mil exemplares segundo dados da editora. Além disso, Carina teve uma de suas obras, Procura-se um marido, com os direitos adquiridos para o cinema, sendo em breve produzido pelo HBOMax. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota e ouvir o episódio.

A Folha trouxe no sábado uma entrevista com o escritor argentino Alan Pauls, que decidiu escrever sobre os novos tempos do comportamento humano usando o bom humor. Seu novo livro, A metade fantasma (Companhia das Letras), narra um encontro amoroso inserido numa comparação de percepções do mundo, distintas entre o século XX e o século XXI. O autor refuta classificar o enredo como um conflito de gerações. Na entrevista, defende seu romance como uma convivência entre dois instantes da história em transição. Pauls, conhecido por obras como Trilogia das "histórias" e O passado, conversou com o jornal de Berlim, onde está residindo com suporte de uma bolsa para escritores. Na mesma edição, a Folha traz análise do novo livro de Elena Ferrante lançado na Itália, I margini e il dettato (Edizioni E/O). O título pode ser traduzido como “as margens e a escrita”. O novo livro da autora reclusa que preserva sua real identidade é uma antologia de textos curtos, alguns bem curtos mesmo. Quase como um desfile de cartas, é possível avançar na leitura e tentar saber mais sobre Ferrante, como se fosse um diário íntimo. O volume tem apenas 160 páginas, mas com a densidade que caracteriza a obra da escritora. No Valor, a entrevista é com Eric Jorgenson, autor de O almanaque de Naval Ravikant - um guia para a riqueza e a felicidade, publicado nos EUA em 2020 e lançado agora no Brasil pela Intrínseca. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota.

Nesse primeiro quarto de século e início de milênio, há um acelerar de tudo, e em tudo vai se imprimindo feições, não só de fragmento, mas de esboço. Repentino, tudo, e falo tudo mesmo, passou a virar esboço, sem o acabamento essencial que o artista e o profissional, diletantes ou não, possam dar. Os tais “hardwares”, ou aparelhos duros, crescem em obsolescência, e vão se inutilizando, a cada dia, mais velozmente. Aliás, comenta-se que com o 5G e a internet 3.0, todos os aparelhos dispensarão a necessidade de muita memória, cedendo espaço para ergonomia, usabilidade e praticidade. É justo de se imaginar, portanto, que os aparelhos de manuseio, chamados de “hardware” em oposição ao “software”, aparelhos de uso suave ou macio, em tradução literal, como nunca antes visto serão ainda mais descartáveis em pouco tempo de uso. E assim o será para os veículos de deslocamento como automóveis e outros. Você usa e ele acaba na sua mão. E o que antes era um patrimônio, agora será, no máximo, alugado de terceiros, para ser descartado logo adiante. No caso dos países mais ricos e de grande consumo, para evitar lixo no quintal, toda sucata será “exportada” para países na África e para cá, no Brasil. Como já ocorre no vestuário. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta coluna.

A Dublinense anunciou na última semana que o romance Setenta, de Henrique Schneider, vencedor do Prêmio Paraná de Literatura e publicado pela editora em 2019, teve os direitos vendidos para a editora Marjin Kiri, da Indonésia. A casa editorial de Jacarta pretende lançar sua edição do livro em 2023. E essa não é a primeira negociação do gênero envolvendo a obra: nos últimos meses, o livro já tinha tido direitos de publicação negociados com a egípcia Sefsafa e com a italiana Red Star. Setenta tem como pano de fundo a ditadura militar no Brasil e conta a história de Raul. Bancário dedicado e cidadão de bem, um dia, em meio ao clima de euforia patriótica às vésperas da final da Copa do Mundo, ele é confundido com um militante, preso e atirado em uma cela para confessar algo que não sabe. A partir daí, o jogo vira, e ele passa a viver o que de mais terrível aconteceu no Brasil nos anos de chumbo.

Nesta quarta (23), o Itaú Cultural retoma o programa Roda de Leitura. O primeiro encontro virtual do ano terá mediação e consultoria da poeta Ana Estaregui e da professora de Literatura Renata Pimentel. O evento será dedicado a dois contos de Lima Barreto, A mulher do Anacleto e O caçador doméstico. São textos curtos que abordam temas recorrentes na obra do autor, marcada pelo questionamento das desigualdades sociais, com ironia e sarcasmo. No primeiro, uma mulher consegue se vingar do marido bêbado e viciado em jogo, mesmo depois de morta. No segundo, um homem treina cães para roubarem frangos na vizinhança. O Roda de Leitura procura incentivar a troca de ideias entre leitores de todo o país, e as obras escolhidas são sempre textos curtos , presentes no acervo da Biblioteca Itaú Cultural. O debate será às 17h, com ingressos gratuitos.

No Brasil, muitas mulheres encontraram no empreendedorismo a resposta para a realização pessoal, a satisfação profissional e o caminho para uma carga horária de trabalho flexível. Entretanto, inúmeros são os desafios de empreender hoje – sobretudo para as mulheres, que lutam para criar e manter um negócio lucrativo e escalável, driblando os obstáculos e inseguranças impostas pelo machismo estrutural. É por esta razão que Uliana Ferreira decidiu fazer da formação e da orientação de mulheres empreendedoras o seu propósito. Em A dona do negócio (Gente Autoridade, 192 pp, R$ 49,90), ela pretende ajudar cada mulher a alcançar o autoconhecimento necessário para alavancar seu negócio e conquistar liberdade financeira e emocional. Na obra, o leitor descobrirá que todas as mulheres têm um superpoder que pode ser ativado para ultrapassar qualquer barreira e para compreender o melhor modelo de gestão que funciona para cada uma delas. A dona do negócio é um livro com diversas técnicas para empresárias que desejam explorar o potencial de sua empresa, e, sobretudo, uma obra sobre como aperfeiçoar competências e habilidades para alcançar tudo o que deseja por meio do empreendedorismo.

Ícone do Vale do Silício, Naval Ravikant foi um dos primeiros investidores do Uber e do Twitter, rede social na qual compartilha seus ensinamentos com os seguidores, que hoje somam mais de 1,5 milhão. Além de propagar estratégias para alcançar o sucesso nos negócios, em suas postagens – e também em outras mídias – o empresário indiano apresenta suas filosofias de vida. Com base na crença de que "tuítes, podcasts e entrevistas caem rápido no esquecimento, o estrategista Eric Jorgenson criou O almanaque de Naval Ravikant (Intrínseca, 240 pp, R$ 44,90 – Trad.: Paula Diniz). Os textos apresentam caminhos para o sucesso e para a felicidade por meio de máximas que conquistaram a mente de empreendedores de todo o planeta. Uma das ideias centrais de Naval, que reflete em grande medida o pensamento no Vale do Silício, é que certos talentos surgem muito cedo na vida e devem ser levados a sério. Ele defende que esforço e treinamento ajudam muito, mas na vida é muito mais importante encontrar aquilo que se adapta às nossas propensões e interesses do que querer ser algo que você não é.

Todos os dias pessoas são desligadas de seus postos de trabalho, reprovadas em processos seletivos internos e externos ou não passam do período de experiência. Na maioria das vezes, atribuem a culpa a fatores externos, até mesmo por não entenderem o que fizeram de errado, e se frustram quando se comparam com os colegas que estão a todo vapor em suas carreiras, chegando até mesmo a questionar se tudo não passou de uma questão de sorte ou network. A obra Meu currículo é uma merd@! (Literare Books, 200 pp, R$ 51,90), de Tiago Lemos, apresenta soluções práticas para problemas reais que todos devem se deparar em algum momento no mercado de trabalho. Ensina a ser um funcionário e um líder eficaz, pois todos precisam cumprir esses papéis em algum momento da vida, sendo funcionário em uma empresa privada, de um órgão público ou empreendedor. Todo conteúdo é embasado por estudos das principais autoridades em Administração, Marketing, Estratégias Corporativas, Psicologia Organizacional, Inteligência Emocional, entre outros.

Muito antes da pandemia, o crescimento das empresas nativas digitais ou a migração de negócios físicos para o on-line já era uma realidade, porém com o isolamento isso se tornou uma necessidade. Seja por necessidade ou oportunidade, a realidade é que muitos negócios começaram ou migraram para o mercado digital. De acordo com a base de tendências de pesquisa de 2021 do Google, o termo: "Como abrir um negócio", foi mais buscado do que "Como conseguir um emprego", mostrando a crescente busca das pessoas por conquistarem seu próprio negócio no mercado. Isso despertou a necessidade de se discutir temas de gestão de empresas pensada para a realidade do mercado digital, tanto para as questões administrativas, quanto de pessoas e do desenvolvimento destes negócios, e é este o objetivo do livro Gestão Digital (Maquinaria Editorial. 190 pp, R$ 26,65). Na obra, Ellen Salomão, fundadora da Agência Vê, discute temas como importância e desenvolvimento de processos, modelo de negócios, as vantagens do setor e seus desafios, gestão financeira, contratação, modelos de trabalho, inteligência de dados, desenvolvimento de cultura organizacional, entre outros temas e soluções sempre aplicado na realidade do on-line.