Publicidade
Via Lúdica lança nova coleção de clássicos em quadrinhos
PublishNews, Redação, 08/12/2025
Primeiro título será uma adaptação da obra de Lima Barreto, que teve pré-lançamento na CCXP de São Paulo

A Editora Via Lúdica, do grupo Multiverso das Letras, realizou o lançamento do título inaugural da coleção Clássicos ao Quadrado, com O homem que sabia javanês, de Lima Barreto, adaptado por Davi Calil. A nova série editorial apresentará, de forma contínua, grandes obras da literatura clássica em formato de quadrinhos. Os próximos volumes já confirmados são A moreninha, com roteiro de Ivan Jaf e arte de Al Stefano, e Quincas Borba, adaptado por Thiago Souto. O primeiro lançamento ocorreu durante a CCXP, em São Paulo, com o quadrinista e ilustrador Davi Calil presente no Artist’s Valley (beco dos artistas), oferecendo autógrafos e vendendo quadrinhos de sua autoria. O livro também está em pré-venda no site da editora.

Para Luara Almeida, editora de Literatura Infantil e Juvenil na Via Lúdica e doutora em Literatura e Crítica Literária, a coleção Clássicos ao Quadrado nasce do desejo de manter a literatura clássica viva e pulsante entre todos os públicos. “Adaptações de clássicos em quadrinhos são uma via de mão dupla: de um lado, os leitores jovens podem começar a se interessar pelos clássicos por meio da linguagem dos quadrinhos; de outro, os leitores da literatura tradicional podem conhecer quadrinistas contemporâneos e experimentar o prazer da leitura das HQs. É muito importante que a literatura circule, que obras e autores tão importantes cheguem a cada vez mais leitores. Essa é a proposta da coleção”, explica a editora.

Para Davi Calil, fazer uma parceria, mesmo que póstuma, com um grande escritor da literatura brasileira, como o Lima Barreto, é um dos elementos que tornam um trabalho em quadrinhos tão interessante. “Quando uma pessoa está lendo sobre o Rio de Janeiro do século XX, por exemplo, você não sabe se ela tem uma imagem de como era a cidade naquela época. E, nas HQs, o quadrinista precisa dar formas e cores para toda a história. Então, existe muito trabalho de pesquisa para criar um ambiente que seja convincente e que transporte o leitor para a atmosfera do tempo retratado”, explica Calil.

Davi acredita que uma das suas responsabilidades como adaptador é ter muito cuidado e respeito com a obra dos escritores, para que o quadrinho possa se tornar uma porta de entrada para que leitores descubram Lima Barreto.

“Às vezes, uma imagem colorida e vibrante é mais convidativa para iniciar o contato com uma narrativa. E aí o leitor, ao descobrir depois que o quadrinho que está lendo é baseado em um conto, pode despertar a vontade de ler a história original e até conhecer o autor [Lima Barreto] mais a fundo, com outras obras e até outros quadrinhos baseados em obras dele.” E até mesmo o contrário pode acontecer, quebrando estigmas de que quadrinhos estão restritos a um certo público ou idade. “Do mesmo jeito que o quadrinho pode apresentar Lima Barreto para o público, quem gosta dele e não lê quadrinho pode se arriscar e passar a consumir o formato”, conclui.

Tags: CCXP, Quadrinhos
[08/12/2025 11:08:42]
Matérias relacionadas
Intenção da "capsula do tempo"é provocar reflexões sobre o futuro das cidades e da cultura paulista, conectando inovação, imaginação e criatividade
Quadrinista brasileiro Mike Deodato é o homenageado da edição e criador do pôster oficial da área neste ano
Não basta traduzir a realidade em imagens mais acessíveis: é preciso criar experiências que humanizem, que provoquem e que permaneçam
Leia também
Marco inaugura a expansão da empresa em parceria com a Bookwire
Para se candidatar, é necessário ter formação completa em Marketing, Comunicação, Publicidade ou áreas relacionadas
Repaginado pela Dupla Design, novo portal traz nova a navegação, simplifica o menu e dá mais visibilidade aos projetos institucionais