
Com o tema Cartas e diários na literatura – O intimismo das palavras, o Flipoços destaca a força do registro íntimo e reforça sua aposta em narrativas de profundidade emocional. As duas homenageadas, segundo a curadoria, dialogam diretamente com esse espírito.
Autora de Tudo é rio, Véspera e A natureza da mordida (todos do catálogo da Editora Record), Carla Madeira se consolidou como uma das vozes mais lidas e reconhecidas da ficção brasileira contemporânea. As suas obras somam forte repercussão crítica e público fiel.
Já Paloma Amado atua na preservação da memória literária brasileira. À frente da Fundação Casa de Jorge Amado, ela apresenta no Flipoços a coleção Um gesto de amizade, organizada com Bete Capinam. O primeiro título, Cartas: Dias Gomes – Jorge Amado, lançado na Flipelô de 2025, será mostrado ao público mineiro durante o festival, que também prevê volumes com correspondências entre o autor baiano e amigos como Érico Veríssimo (1905-1975), Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e João Ubaldo Ribeiro (1941-2014).
A programação prevê um momento do público com Carla Madeira no sábado, 25 de abril, quando a autora receberá a homenagem como Patronesse. Paloma Amado, por sua vez, confirmou presença no dia 1º de maio, quando vai relançar Pituco, livro lançado originalmente há dez anos pela Fundação Casa de Jorge Amado para celebrar o centenário de Zélia.
Para Gisele Ferreira, curadora do evento, as escolhas reforçam a identidade do Flipoços: “Reunir Carla Madeira e Paloma Amado em uma mesma edição é um presente para a literatura brasileira. Elas representam duas dimensões fundamentais: a força criativa contemporânea e o compromisso com a memória e a tradição”, escreveu em nota enviada à imprensa.


