Camilo Vannuchi traça um perfil envolvente e inspirador de um dos líderes da igreja progressista do Brasil
									Quando o metalúrgico Manoel Fiel Filho foi torturado até a morte no DOI-CODI de São Paulo, em 1976, Dom Angélico esteve em Sapopemba para celebrar a missa de sétimo dia e protestou publicamente contra mais um homicídio cometido pela ditadura. Quando um trem de subúrbio se chocou com um ônibus em Arruda Alvim, no extremo leste de São Paulo, em 1977, matando 22 pessoas, Dom Angélico se sentou nos trilhos e jurou que só sairia dali quando as autoridades providenciassem uma cancela para impedir o tráfego de automóveis sempre que o comboio estivesse se aproximando. Quando um juiz decretou a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva e uma multidão cercou o sindicato dos metalúrgicos, em 2018, Dom Angélico esteve lá para celebrar um ato inter-religioso e ainda deu conselhos ao então ex-presidente aquartelado. Em 
Dom Angélico, um abraço de quebrar os ossos (
Autêntica, 160 pp, R$ 69,80), Camilo Vannuchi traça um perfil envolvente e inspirador de um dos líderes da igreja progressista do Brasil.