Publicidade
Vivendo sem amarras
PublishNews, Redação, 29/07/2025
Rua do Sabão publica a biografia do músico trans Apollo Pinheiro

Por muito tempo, Apolo Pinheiro esteve enclausurado em A., o corpo feminino em que nasceu. Ele não via a hora de escapar da caverna imposta pela sociedade e encarar a vida com a identidade que realmente lhe pertencia. O renascimento como o homem que era exigiu que Apolo engatinhasse para ser enxergado num mundo que já o discriminava enquanto ocupava o corpo de uma mulher lésbica. Após a transição, os desafios ficaram ainda maiores: era preciso recuperar o seu lugar nos palcos como artista, conseguir acesso a um tratamento de saúde de qualidade e ser chamado pelo nome que lhe cabia. Tudo isso ao mesmo tempo em que era cobrado a dar respostas para perguntas que ele ainda fazia para si mesmo. Com habilidade e destreza, a jornalista Bianca Vasconcellos destaca na obra Morro doce (Rua do Sabão, 196 pp, R$ 68,90) a voz de um jovem que não mediu esforços para defender seu direito de existir sem restrições em um mundo cão, como ele batizou uma de suas músicas autorais. Esta é uma narrativa potente sobre a história real de um homem que escolheu viver sem amarras e não desistiu de ser feliz ― e livre.

[29/07/2025 07:00:00]
Matérias relacionadas
Isabel Salgado, a Isabel do vôlei, conquistou bem mais do que medalhas: deu ao Brasil uma nova maneira de acreditar em si mesmo
Jornalista Tom Cardoso traça a trajetória da artista, desde a infância no Rio e em Belo Horizonte até o estrelato nacional
Chefiado por Mário Gazin, o Grupo Gazin emprega mais de 13 mil colaboradores e compreende uma rede de mais de 450 unidades
Leia também
'Voltar a quando' ​é o retrato pungente de uma família fraturada pelo colapso da Venuzuela e, ao mesmo tempo, a crônica universal de quem é forçado a partir
Texto de 'Popol Vuh' aborda questões como a origem do mundo, dos homens e dos animais
No livro, leitores acessam sobre como as transformações do capitalismo estão demandando uma reorganização das forças populares, que acontecem de modo mais vagaroso do que a urgência deste tempo histórico impõe