Somos constante e insistentemente estimulados a buscar o melhor em nós, a ter um olhar mais positivo sobre a vida e sobre as pessoas, a fim de produzir a melhor tradução de quem somos. Mas e quando apenas nos damos conta da nossa pior versão? E quando achamos que somos uma grande mentira? Nada pode nos preparar para enfrentar o nosso pior inimigo: nós mesmos. Nem mesmo muitos anos de experiência como psicóloga e estudando emoções e comportamentos humanos. Para a autora best-seller Flavia Melissa, por exemplo, nenhuma teoria foi capaz de explicar o fato de que existia alguma coisa profundamente errada com ela. Fazemos parte de uma sociedade e de uma civilização muito desconectadas de si próprias, que procuram na validação externa a autorização para poderem se sentir bem. E por muito tempo a autora acreditou nisso. Foi a partir de um exercício de desconstrução, reconhecimento dos erros e enfrentamento dos medos mais temidos, acolhendo suas dores e entendendo que o revés nem sempre significa uma catástrofe, que Flavia pôde parar de esperar a porrada definitiva. De maneira muito honesta, Existe vida antes de morrer? (Academia, 304 pp, R$ 69,90) propõe uma jornada para entendermos as armadilhas que nos impedem de ser e, sobretudo, aceitar quem somos.