Publicidade
Uma história sobre luto e identidade
PublishNews, Redação, 06/08/2024
Em 'Não sou a filha perfeita', Erika L. Sánchez – escritora filha de imigrantes – toca em temas sensíveis como xenofobia e doenças mentais

A filha mexicana perfeita não faz faculdade longe de casa. A filha mexicana perfeita não questiona nem evita os parentes. E, acima de tudo, nunca abandona a família. Mas Julia Reyes não é essa garota. Na verdade, tudo que ela quer é se formar no ensino médio, ir estudar em Nova York e viajar o mundo quando se tornar uma escritora de sucesso. Julia deixa o papel de filha exemplar para Olga, sua irmã mais velha. Até que um trágico acidente muda tudo. Olga agora está morta, e Julia se vê sozinha em meio aos cacos de sua família. O pai parece mais distante do que nunca. E o relacionamento com a mãe fica estremecido a cada insistente comparação com a irmã falecida. Só que ninguém percebe quanto ela também está dilacerada. Em busca de qualquer pequena lembrança de Olga, a jovem começa a desconfiar que talvez ela não fosse tão perfeita quanto todos imaginavam. Conforme as peças desse quebra-cabeça se encaixam, Julia percebe que conhecer melhor a irmã também é uma forma de conhecer a si mesma. Uma narrativa ágil, tocante e inesquecível, Não sou a filha perfeita (Intrínseca, 288 pp, R$ 69,90 – Trad.: Carolina Selvatici), de Erika L. Sánchez, conta a pungente história de uma família imigrante nos EUA e suas dores, que continuam a latejar em suas profundas cicatrizes.

[06/08/2024 07:00:00]
Matérias relacionadas
'O ano do gafanhoto' é uma história de aventura que explora as particularidades dos agentes secretos em um enredo arrebatador
Em novo livro, mestre da doutrina Shaolin procura transmitir lições de uma tradição milenar de forma ágil e objetiva
'Trança a trança' narra a força da ancestralidade e a esperança de um futuro que se constrói aos poucos, como o penteado no cabelo de uma menina
Leia também
'Voltar a quando' ​é o retrato pungente de uma família fraturada pelo colapso da Venuzuela e, ao mesmo tempo, a crônica universal de quem é forçado a partir
Texto de 'Popol Vuh' aborda questões como a origem do mundo, dos homens e dos animais
No livro, leitores acessam sobre como as transformações do capitalismo estão demandando uma reorganização das forças populares, que acontecem de modo mais vagaroso do que a urgência deste tempo histórico impõe