Um dicionário para abrir os sentidos e libertar as palavras de seus significados costumeiros
PublishNews, Redação, 16/05/2024
André Breton e Paul Éluard condensam a investigação fascinada dos surrealistas pelos dicionários e seu potencial poético

Um dicionário para abrir os sentidos e libertar as palavras de seus significados costumeiros. Filosofia, poesia, collage e humor negro convergem nesta publicação em que André Breton e Paul Éluard condensam a investigação fascinada dos surrealistas pelos dicionários e seu potencial poético. Publicado pela primeira vez em 1938, o Dicionário abreviado do surrealismo (100 cabeças, 175 pp, R$ 105 – Trad.: Diogo Bordoso) finalmente chega ao Brasil em edição inédita das Edições 100/cabeças com tradução e notas de Diogo Cardoso. “A imagem surrealista mais forte é aquela que apresenta o mais elevado grau de arbitrariedade, que requer mais tempo para ser traduzida em linguagem prática”, escreve André Breton no verbete sobre a palavra “imagem”. Este livro-collage, ricamente ilustrado com mais de 200 reproduções, é ferramenta fundamental para quem se interessa pelo movimento surrealista, assim como uma porta de entrada para aqueles que desejam mergulhar pela primeira vez nesse universo onírico. “Neste Dicionário abreviado do surrealismo, André Breton e Paul Éluard demonstram que o caminho da representação é uma via de mão dupla em que transitam os demônios da analogia. Logo, qualquer palavra pode representar um objeto que lhe é estranho”, escreve Elvio Fernandes na quarta capa. Idealizado como catálogo para a IV Exposição Internacional do Surrealismo em janeiro de 1938, na Galerie des Beaux-Arts, o Dicionário apresenta ao público leitor um panorama da experiência imagética do surrealismo internacional e informações a respeito dos poetas e pintores que construíam o movimento surrealista na época.

[16/05/2024 07:00:00]