
Os produtos da Onyx BOOX são classificados como tablets, têm sistema operacional Android e muitos deles inclusive oferecem telas com cores – mas a tecnologia da tela é a e-ink (tinta eletrônica), a mesma de leitores digitais, como o Kindle, seu principal concorrente. O sistema operacional permite a instalação de diversos aplicativos e lojas de livros digitais diferentes. Alguns dos produtos também têm suporte para áudio e outras funcionalidades. Também por oferecer esses outros benefícios, pelo menos por ora os preços dos aparelhos da Onyx variam entre valores mais altos, de R$ 1.299 (POKE5) a R$ 5.299 (TAB ULTRA C PRO).
O PublishNews conversou com o representante da empresa Qingdao Zhouyuming E-commerce Co., Ltd. no Brasil, Qunbo (Bobby) Guan, por mensagens de whatsapp traduzidas entre mandarim e português. O gerente de vendas da BOOX no Brasil conta que a operação experimental no Brasil se iniciou em agosto de 2023. "Mantivemos uma estratégia de desenvolvimento discreta e estável. Até agora, acho que a operação experimental foi bem-sucedida. Os amigos brasileiros gostam muito da BOOX, por isso estamos nos preparando para cooperar com o Brasil este ano", afirmou.
Para ele, o principal desafio até agora na operação são as tarifas alfandegárias. "Nossos produtos são reconhecidos pela alfândega como tablets, por isso não podemos desfrutar da política de isenção de impostos para leitores eletrônicos", explica.
"Em relação à certificação de produtos Anatel, para maximizar o desempenho do produto, a BOOX possui placas-mãe diferentes para quase todas as categorias de produtos, o que representa um desafio para nós. Cada um de nossos diferentes produtos requer uma certificação Anatel. Para passar na Anatel a certificação, enviamos o produto ao laboratório para certificação o mais rápido possível, para que o negócio de importação seguro possa ser realizado com mais rapidez", comentou.

A head de conteúdo da Árvore, especialista em inovação e colunista do PublishNews, Camila Cabete, postou nas redes sociais uma breve avaliação sobre o dispositivo. "A evolução dos aparelhos e-Ink pode ser uma disrupção para o mercado de eletrônicos, não tanto de livros", explica à reportagem. "Ao oferecer uma tela mais confortável e sem luz direta, você se pergunta: será que eu teria um monitor desta tecnologia? Uma televisão? Porque sobre livro, já se entendeu o valor do leitor. Imagina uma tela de cinema ao ar livre (possível assistir durante o dia) desta tecnologia! Fora o fato de não dependermos mais de um Kindle que se compra somente na loja da Amazon, e um Kobo respectivamente, os heavy readers já entendem e dão valor ao device. O colorido é um plus", comenta.
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