Pagus: ousadas e insubmissas (Funilaria, 128 pp, R$ 50) reúne entrevistas com cinco mulheres contemporâneas que, de alguma forma, atualizam questões que foram caras a Pagu (Patricia Galvão) e continuam em pauta. Amelinha Teles, Berna Reale, Débora Diniz, Ediane Maria e Lola Aronovich conversaram com a jornalista Giuliana Bergamo sobre direitos femininos em geral, sobretudo dos direitos reprodutivos, violência contra mulher, combate ao machismo e à misoginia, luta por direitos das trabalhadoras e por justiça social, arte, militância política e liberdade sexual. Falaram ainda de suas trajetórias pessoais e os desafios que enfrentam por serem, assim como Patrícia Galvão, ousadas e insubmissas. Para Giuliana Bergamo, elas são operárias da história. “São personagens, o elemento que faz com que a engrenagem da narrativa (seja ela de ficção ou não) continue girando. Carregam com elas, em suas ações, as ideias que dão corpo à história, e são capazes, portanto, de mudar o seu curso. Elas são capazes de garantir que não fiquemos estagnadas no tempo, presas a convenções sociais, submetidas a mandos e desmandos que tolhem nossos direitos e liberdades”. Os textos e entrevistas de Pagus: ousadas e insubmissas conectam Pagu, as entrevistadas, a entrevistadora e cada uma das operárias da história: mulheres que insistem em ousar para girar a engrenagem com autonomia e de forma coletiva.