Este ano, um coletivo curador, dedicado a trabalhar de forma transversal e integrada, montou a programação dos principais espaços da Bienal para, segundo a organização, apontar para o futuro e se renovar com atrações em formatos variados e experiências para fãs de histórias, literatura, audiovisual, games e outras narrativas.
"Nosso primeiro trabalho foi pensar nos conceitos que a Bienal esperava, e em paralelo a isso tivemos muitas reuniões com editoras e agentes literários, para entender o que estava sendo lançado neste ano", comenta a escritora Clara Alves, em sua primeira experiência de curadoria de um evento deste porte. "Nós três temos estilos literários diferentes, então também conversamos muito para entender como nossas perspectivas de literatura poderiam casar e estar juntas na Bienal".
Stephanie Borges explica que uma das intenções primeiras era misturar estilos literários, pensando em cativar também não-leitores que visitam a Bienal. "A curadoria não é para nós. É claro que tem pessoas que a gente admira e que estamos felizes de ter na programação, mas também de fazer esses encontros diferentes, pra ampliar as possibilidades de quem vai se aventurar", explica a poeta e tradutora.
"O mais legal é você descentralizar o seu olhar, em algum nível", completa Mateus Baldi, também escritor. "Chegar com uma bagagem e sair com ela revirada. Ampliar o horizonte, pensar outras formas de ler, coisas que não teriam chegado se não fosse esse processo. Quando isso aqui (a Bienal) acabar eu quero ler; a quantidade de gente que a gente entra em contato é incrível", comenta.
Com forte conexão com o público jovem, Clara Alves é autora do aclamado romance LGBTQIAP+ Conectadas e de Romance real, publicados pela Editora Seguinte com grande sucesso de público. Já Mateus Baldi é organizador da coletânea Vivo muito vivo — 15 contos inspirados nas canções de Caetano Veloso (Record) e autor do livro de contos Formigas no Paraíso (Faria e Silva). Completando o time, a curadoria coletiva terá a participação da poeta e crítica literária Stephanie Borges, autora de Talvez precisemos de um nome para isso, reconhecido pelo IV Prêmio Cepe Nacional de Literatura, e uma das escritoras da antologia As 29 poetas hoje (Companhia das Letras).
Eles foram entrevistados por uma bancada composta por Ruan de Sousa Gabriel, repórter de livros do jornal O Globo; Ana Lima Cecilio, gerente de conteúdo da Livraria Dois Pontos; e Guilherme Sobota, editor-chefe do PublishNews.
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