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Registro íntimo da construção de uma artista
PublishNews, Redação, 09/08/2023
Mais de 65 volumes de diários de Alice Walker foram organizados pela crítica literária Valerie Boyd

Alice Walker começou a registrar ideias, percepções e sentimentos em diários aos 18 anos de idade e nunca mais parou. As confissões que somam mais de 65 volumes foram organizadas por quase uma década pela professora, escritora e crítica literária Valerie Boyd. O resultado está em Colhendo flores sob incêndios: diários de Alice Walker (Rosa dos Ventos, 528 pp, R$ 149,90 – Trad.: Nina Rizzi), um registro apaixonado, íntimo e poético da construção da artista. O livro traz a intimidade dessa autora que foi ativista no Movimentos pelos Direitos Civis, marchando ao lado de Martin Luther King Jr.; casou-se com um advogado judeu, desafiando as leis contra o matrimônio inter-racial; escolheu realizar um aborto precoce; anos depois deu à luz a filha em meio à escrita de seu primeiro romance; ganhou o Prêmio Pulitzer de ficção; desafiou padrões ao assumir-se bissexual; e denunciou práticas de mutilação genital feminina. Mulher negra, nascida em uma família grande e de poucos recursos no Sul dos EUA, Alice Walker se tornou uma das mais importantes personalidades mundiais. Seu romance A cor púrpura é considerado uma das mais importantes obras da literatura em todo o planeta, e já foi adaptado para o cinema e para o teatro, em um musical que vem sendo apresentado nos palcos brasileiros.

[09/08/2023 07:00:00]
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