Livro explica os principais crimes dos quais mulheres são vítimas, como denunciá-los e a quais órgãos pedir ajuda
Uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas no Brasil, mas a maioria delas não sabe que algumas de suas vivências diárias são consideradas crimes pela lei. Consciente de que a ausência de conhecimento é decorrente da naturalização da violência contra a mulher no Brasil, bem como da chancela estatal que colabora com esse processo, a advogada especialista em crimes de gênero Fayda Belo reuniu toda a sua experiência para escrever
Justiça para todas (Planeta, 176 pp, R$ 54,90). Fayda, que ficou nacionalmente conhecida ao se popularizar na internet por democratizar informações jurídicas com o jargão "pode não!" e arrebatar milhares de pessoas, os "crimelovers", ao comentar casos de conhecimento público, apresenta na nova obra os crimes dos quais as mulheres são frequentemente vítimas. Com o intuito de informar e amparar, a autora apresenta em uma narrativa simples e de fácil leitura crimes contra honra, violência psicológica, crimes sexuais e vários outros, que são ilustrados em exemplos práticos, facilitando a identificação de casos que podem ser a realidade de muitas mulheres. No livro, a autora apresenta ainda o contexto histórico brasileiro de discriminação contra mulheres, mostrando como o sistema patriarcal se institucionalizou e foi disseminado, estruturado com base na dominação masculina, e se mantém até os dias atuais.