Em Onde as borboletas não habitam (Aletria, 188 pp, R$ 72), o leitor é convidado a acompanhar relatos de personagens prisioneiros de guerra, e como se lesse múltiplos diários, é envolvido e imerso dentro daquela realidade. Em meio às condições extremas do confinamento, os confinados lutaram pela vida e pela sua humanidade, usando o poder da grande potência transformadora que é a arte. Este romance de Luciane Bonace aborda o genocídio judaico (Holocausto) durante a Segunda Guerra. Ambientado em Praga, na antiga Tchecoslováquia, o romance descortina o cenário em que milhares de pessoas, principalmente famílias judias, foram submetidas à dominação nazista e seus horrores. A trama se desenvolve através de marcos de tempo importantes da época, mostrando a situação política conturbada da Europa e o descumprimento de tratados internacionais. Nesse contexto, o livro retrata a vida dos prisioneiros no campo de concentração de Terezín, mostrando suas emoções e o papel da arte na resistência à desumanização. Nas palavras de Ilan Brenman, “é impossível não sair transformado após a leitura do livro de Luciane”.