Apanhadão da semana: Mais polêmicas de J. K. Rowling
PublishNews, Redação, 02/12/2022
E ainda: a morte de Aline Kominsky-Crumb, a bicicleta de livros da Primavera Editorial bombando na Flip, lançamentos da Folha e d’O Globo e destaque internacional para a literatura asiática

Na semana seguinte à Flip, as notícias sobre literatura desaceleraram nos principais jornais. Um destaque da semana foi a declaração de Helena Bonham Carter publicada pela Folha, na qual a atriz defende a autora da saga juvenil Harry Potter, J. K. Rowling, da ‘cultura do cancelamento’. A escritora e criadora da saga do bruxinho coleciona diversas declarações polêmicas, entre elas algumas envolvendo a comunidade LGBTQIA+, e divide a opinião dos fãs.

No jornal O Dia, a manchete de literatura chamou a atenção para a ‘bicicleta de livros’ que rodou pelas ruas de Paraty durante a Flip. Promovida pela Primavera Editorial, a iniciativa deu uma carona para as obras e levou na sua garupa autores e autoras da casa de publicação. Segundo Larissa Caldin, publisher da Primavera, “Com a Bike Literária, percorremos as principais ruas da Flip. Essa itinerância está muito alinhada à visão que temos sobre a importância de dialogar com o maior número de pessoas sem restringir a interação a um único espaço”. A bike também ficou estacionada em frente à Casa PublishNews.

O Estadão resolveu focar numa discussão latente no mercado editorial: a fracassada fusão da Simon & Schuster com Penguin. Em uma matéria traduzida do The New York Times, o jornal apresentou falas de alguns especialistas, como o próprio CEO da Simon & Schuster, Jonathan Karp.

A Folha destacou a morte da cartunista underground pioneira Aline Kominsky-Crumb, que tinha 74 anos e morava na França. A causa da morte foi um câncer no pâncreas. A cartonista foi responsável por inserir personagens femininas no centro de suas obras, como na revista The New Yorker e no jornal The New York Times.

A Folha ainda inseriu três lançamentos em sua pauta: o quadrinho Dias de Areia, da quadrinista Aimée de Jongh, publicado pela editora Nemo; o livro Euclides da Cunha, uma biografia, escrita por Luís Cláudio Villafañe G. Santos e publicado pela Todavia; e o título Homo Modernus, da filósofa Denise Ferreira da Silva, da editora Cobogó. O jornal também deu espaço para o Encontro de Leituras, que recebeu Pilar del Río, presidente da Fundação Saramago e viúva do Nobel de Literatura. Ela discutiu com leitores a obra A intuição da ilha, que narra seus anos em Lanzarote.

O Globo publicou uma nota sobre a descoberta de manuscritos do autor Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) na Alemanha. Segundo o The Guardian, mais de quatro mil páginas de anotações das aulas de Hegel foram localizadas na arquidiocese de Munique e Freising por Klaus Vieweg. O jornal também destacou um lançamento, agora da editora Intrínseca: o livro Confiança, grande sucesso de Hernan Diaz que apareceu na lista dos dez melhores livros do ano pelo The New York Times.

O Valor levantou uma pergunta aos leitores: Tudo já foi feito com o romance literário? A autora Tatiana Salem Levy, que já publicou os romances A chave de casa (Prêmio São Paulo de Literatura), Dois rios e Paraíso, fala sobre suas impressões do livro O mundo desdobrável: ensaios para depois do fim, de Carola Saavedra.

Como destaque internacional, The Guardian publicou uma matéria sobre as previsões para a literatura periférica, mais especificamente a asiática. Com a vitória de Shehan Karunatilaka 2022 Booker prize pelo livro The seven moons of Maali Almeida, o jornal questionou por que, mesmo com grandes autores, as obras da periferia global ainda não estão presentes nas livrarias do mundo.

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[02/12/2022 10:00:00]