Apanhadão da semana: Todos ansiosos pela biografia do príncipe Harry
PublishNews, Redação, 28/10/2022
Estadão e Globo falam do esperado livro de memórias do filho caçula da princesa Diana, que sai em 10 de janeiro; Folha entrevista Geovani Martins e José Falero, expoentes da nova literatura brasileira

Príncipe Harry e Meghan Markle | © Divulgação
Príncipe Harry e Meghan Markle | © Divulgação
O destaque do noticiário sobre o mercado editorial nos grandes jornais não poderia ser outro. Após meses de especulações, o livro de memórias do Príncipe Harry ganhou data de publicação nos Estados Unidos e no Reino Unido. Globo e Estadão informaram que o livro será lançado pela Penguin Random House no dia 10 de janeiro, e a expectativa do público é saber o quanto ele vai contar do ambiente íntimo da família real britânica. Harry e Megan Markle, o duque e a duquesa de Sussex, começam a construir suas marcas como magnatas da mídia. Além do contrato do livro, pelo qual receberam US$ 20 milhões, o casal está assinando acordos de produção e divulgação de conteúdo com Netflix e Spotify.

O Estadão também trouxe uma reportagem curiosa com um fã colombiano que possui um acervo com centenas de edições de Cem anos de solidão, a obra incontornável do Nobel Gabriel García Márquez (1927-2014). Exibindo versões da obra em armênio, tâmil ,azerbaijano e outras 45 línguas, as 379 edições na coleção formam, supostamente, a maior do mundo. Jorge Iván Salazar, 59, começou a reunir os exemplares há 16 anos, e seu favorito é a primeira edição, lançada em 1967, que teve uma tiragem de apenas 8.000 cópias.

Também no Estadão, na coluna 1 livro por semana, Maria Fernanda Rodrigues falou de A palavra ausente, livro de contos do carioca Marcelo Moutinho. Lançado originalmente há 11 anos, a obra ganha uma nova edição, agora pela editora Malê. São dez contos escritos, revela o autor no prefácio, sob o impacto da morte de seu pai. A perda é, portanto, uma questão que atravessa os personagens. Em alguns contos, ela é apenas uma certeza iminente.

Outro livro de contos foi destaque, desta vez no Valor. O foco é Flecha (histórias), da editora 34, no qual a escritora portuguesa Matilde Campilho reúne 221 contos brevíssimos. Os mais longos raras vezes ultrapassam duas páginas, enquanto os mais curtos têm apenas uma frase, como se fossem tuítes. Aos 39 anos, a autora que causou sensação na Flip de 2015 com seu primeiro livro, Jóquei, agora prioriza contos e ensaios, mas segue com espírito poético.

A Folha falou com dois novos expoentes da literatura brasileira: o carioca Geovani Martins e o gaúcho José Falero. Os dois autores, que focam suas histórias em moradores de comunidades, apontam que o presidente Jair Bolsonaro criminaliza a vida na favela. Ambos publicam agora obras que mostram jovens sobre o estado policial nas periferias. Depois do sucesso na estreia com O sol na cabeça, Giovani Martins publica Via Ápia, pela Companhia das Letras. José Falero lança Vila Sapo, pela Todavia.

A Folha falou também sobre Flores de verão, considerado por boa parte da crítica como o grande relato sobre o lançamento da bomba atômica americana sobre Hiroshima, em 1945. O livro publicado agora no Brasil pela Tinta da China ganha contundência porque seu autor, Tamiki Hara (1905-1951) é um dos sobreviventes antes do ataque. O livro tem uma aura de caderno de anotações, com indicações de diferentes locais e datas de sua escrita.

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[28/10/2022 08:00:00]