A primeira edição do Prêmio Candango de Literatura já tem os vencedores em suas oito categorias. Somados, todos os escolhidos recebem um total de R$ 172 mil, nessa premiação criada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal.
Estes são os vencedores:
Romance: Etelvina, Marcílio Godoi
Livro de poesia: O sono dos humildes, Alexei Bueno
Livro de contos: Tramas de meninos, João Anzanello Carrascosa
Prêmio Brasília: Tangente do cobre, Alexandre Pilati
Projeto gráfico: Mom Design Estúdio, Beatriz Mom, para o livro Poesia é um saco, de Nicolas Behr
Capa: Jessica Iancoski e Guimarães Ramos, para o livro As laranjas de Alice Mazela, de Géssica Menino
Incentivo à leitura: Leitura na esquina, Gláucia Ramos Gomes
PCD (Incentivo à leitura para pessoas com deficiência): O livro das capitais, Gisela Maria de Castro Teixeira
Os vencedores das categorias Romance, Poesia, Conto e Brasília (no qual concorrem autores nascidos ou moradores na capital federal) recebem R$ 30 mil cada. As premiações de Capa e de Projeto gráfico dão a cada vencedor R$ 12 mil. As duas categorias criadas para incentivar a leitura são premiadas, cada uma, com R$ 15 mil.
O resultado foi apresentado na noite de quarta-feira (21), no Teatro Plinio Marcos, em Brasília. Na solenidade, o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, destacou o Candango como o mais importante prêmio literário do país. Comparou o investimento do atual governo brasileiro ao incentivo da fabricação e porte de armas à desaceleração do livro e da leitura no país. “O governo federal fez um inúmero de decretos e projetos de lei para permitir e facilitar o cidadão a colocar um revólver de calibre grosso na cintura, enquanto o meu Brasíl brasileiro fechou 800 bibliotecas nos últimos cinco anos”, disse, sob aplausos.
Um dos prêmios mais festejados foi a categoria PCD (Incentivo à Leitura para Pessoas com Deficiência, vencida por Gisela Maria de Castro Teixeira, com O livro das capitais. “Falta muito material literário para a pessoa surda. O livro dos capitais é um vídeo-livro de poesia, interativo e bílingue. Nasceu na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Viva a universidade pública brasileira. Mais livros e menos armas para todos”, saudou Gisela.
O Candango teve cerca de 2.000 inscritos, e 1.465 obras foram habilitadas a concorrer. Curador do prêmio, o escrito Ignácio de Loyola Brandão não compareceu à cerimônia, por problemas de saúde.
