Descendente de chineses e vietnamitas, Michelle Quach é uma escritora e designer americana formada em Harvard. Seu romance de estreia, Não nasci para agradar (Intrínseca, 400 pp, R$ 54,90 – Trad.: Ana Beatriz Omuro), traz um pouco das comédias românticas do cinema que a autora admite adorar. Eliza Quan, a protagonista, acaba de tornando um símbolo feminista em sua escola, mesmo sem querer. Ela parecia perfeita para ser a editora-chefe do jornal do colégio, mas todas as suas exaltadas virtudes são esquecidas quando o carismático ídolo esportivo da turma, Len DiMartile, decide disputar o cargo. Eliza solta o verbo num texto de revolta que, sem sua autorização, é divulgado em toda a escola. Sua figura divide os colegas, entre quem a vê como porta-voz da igualdade de gênero e aqueles que a consideram uma rainha do drama.