Também na Folha, o blog Painel das Letras informa que Vladimir Safatle vai coordenar uma série de discursos de Salvador Allende (1908-1973) que será publicada pela Ubu. O interesse pelas falas do ex-presidente chileno cresce depois da ascensão de Gabriel Boric ao comando do país.
No Estadão, o blog Estante de Letrinhas, sobre literatura infantil, comenta o lançamento de Sete contos que nunca me contaram: contos de fada pensados, ouvidos, escritos e recontados por mulheres (Biruta), de Susana Ventura. São histórias escritas por mulheres entre os séculos XVII e XIX e que apresentam protagonistas femininas.
O Globo destaca a ousadia do escritor Stefano Volp, que discute a vulnerabilidade do homem negro nos dias de hoje. Homens pretos (não) choram (Harper Collins) traz dez contos nos quais o autor conduz uma discussão sobre um processo de reconstrução na perspectiva do homem negro na sociedade brasileira. Muitas histórias têm como foco a paternidade, como fator de masculinidade.
No Valor, há destaque para o livro O terceiro excluído: contribuição para uma antropologia dialética (Zahar), lançamento de Fernando Haddad num último momento professoral. O autor discute a terceira das Três Leis do Pensamento, na lógica clássica, a que supõe que algo possa ser e não ser ou estar ou não estar. Haddad contempla ideias de 161 pensadores de biociência, filosofia, antropologia, linguística, psicologia e economia.
O Valor abre espaço para outra obra, numa vertente satírica. Clara Drummond está lançando Os coadjuvantes (Companhia das Letras), com um corte na vida de Vivian, curadora de arte habituada a ambientes sofisticados e endinheirados que se envolve com o desaparecimento de uma vendedora ambulante. Longe das muitas discussões em alta sobre feminismo, a autora cria uma personagem longe de padrões estabelecidos.