É praticamente impossível pensar em budismo zen no Brasil sem falar em Monja Coen Rōshi, fundadora da Comunidade Zen Budista no país. A conexão entre a corrente e sua principal porta-voz em âmbito nacional é a premissa basilar de Mãos em prece (Citadel, 336 pp, R$ 49,90). Nele, monja Coen faz um paralelo entre a trajetória da comunidade e a trajetória da vida de todos nós. O livro também funciona como um retrato do budismo zen no Brasil, já que nasce a partir de alguns textos publicados originalmente no jornal Zendo Brasil. Os materiais falam sobre gratidão, perdas, recomeços, sabedoria, compaixão, perdão, mas principalmente sobre a ideia de sermos responsáveis por nossos atos. "Pelos textos coletados podemos acompanhar o desenvolvimento dessa comunidade e o crescimento do zen fora da colônia japonesa. São ensinamentos da tradição Soto Shu, zen-budismo com sede no Japão. É uma compilação do que escrevi até 2020. Ao longo deles, revisitaremos episódios de minha vida, da vida do Brasil e da comunidade durante os últimos dezoito anos", explica a monja.