‘Canções de atormentar’ é o terceiro livro de poesias de Angélica Freitas que relatam, dentre outros assuntos, o esforço inútil de tentar compreender o Brasil de hoje
Oito anos depois da publicação de
Um útero é do tamanho de um punho – lançado em 2012 pela Cosac Naify e reeditado em 2017 pela Companhia das Letras –, Angélica Freitas lança
Canções de atormentar (Companhia das Letras, 112 pp, R$ 49,90). O livro traz o olhar afiado da poeta que observa a si e ao mundo. Os poemas rememoram a infância no Sul, com o pé de araçá plantado pela avó, relatam o esforço inútil de tentar compreender o Brasil de hoje e discutem a injustiça, o machismo e a nostalgia de uma nação que não passou de projeto.
Canções de atormentar reúne poemas ora ferozes, ora desiludidos, sem nunca perder de vista a urgência, a vivacidade, o humor e o tom incisivo característico de Angélica.