Dora nasceu numa cidade do Nordeste brasileiro e viajou com sua família num caminhão pau de arara por muitos e muitos quilômetros. Até que chegou ao Rio de Janeiro, no morro da Casa Branca. A menina ficou surpresa com a imponência da floresta, e logo se afeiçoou aos cachorros e gatos que passeavam pela favela, aos micos correndo sobre os cabos de luz, ao ar fresco que vinha do verde. As lembranças da vida no Nordeste, porém, não desapareceram. Dora, uma menina nordestina (Escrita Fina, 32 pp, R$ 37,90) relata o sonho que a protagonista teve um dia, e que a permite reviver suas melhores lembranças. Passeando pelas memórias de Dora, o livro de estreia de Gabriel Ben presta homenagem às meninas e meninos que, Brasil afora, deixaram sua terra natal, tornando-se migrantes. Famílias que reconstruíram seus lares longe da casa de origem, levando suas tradições e culturas para as grandes metrópoles do país.