Obra de Matt Ruff une ficção histórica e 'pulpnoir' ao horror e à fantasia de Lovecraft para explorar os terrores da época de segregação racial nos EUA
Partindo de um contexto real e expondo o racismo estrutural dos EUA da década de 1950,
Território Lovecraft (Intrínseca, 352 pp, R$ 59,90 – Trad.: Thais Paiva), obra de Matt Ruff, une ficção histórica, fantasia e
pulpnoir. Nos EUA segregados da década de 1950, Atticus é um rapaz negro, veterano da Guerra da Coreia, fã de H. P. Lovecraft e outros escritores de
pulpfiction. Ao descobrir que o pai desapareceu, ele volta à cidade natal para, com o tio e a amiga, partir em uma missão de resgate. Na viagem até a mansão do herdeiro da propriedade que mantinha um dos ancestrais de Atticus escravizado, o grupo enfrentará sociedades secretas, rituais sanguinolentos e o preconceito de todos os dias. Ao chegar, Atticus encontra seu pai acorrentado, mantido prisioneiro por uma confraria secreta, que orquestra um ritual cujo personagem principal é o próprio Atticus. A única esperança de salvação do jovem, no entanto, pode ser a semente de sua destruição — e de toda a sua família. Estruturado ao mesmo tempo como uma coletânea de contos e um romance,
Território Lovecraft apresenta elementos sobrenaturais como casas assombradas e portais para outras realidades, objetos enfeitiçados e livros mágicos, além de explorar os terrores da época de segregação racial nos EUA. Livro será adaptado para série na HBO.