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Um símbolo de luta
PublishNews, Redação, 24/03/2020
Companhia das Letras reúne poemas de Carlos de Assumpção organizados por Alberto Pucheu

“Senhores / O sangue dos meus avós / Que corre nas minhas veias / São gritos de rebeldia”, declara Carlos de Assumpção no emblemático Protesto. Escrito em 1956, o poema causou furor quando foi apresentado ao público pela primeira vez, na Associação Cultural do Negro, em São Paulo. Seus versos reescrevem a diáspora africana e denunciam um Brasil que traz na sua origem as marcas da injustiça, da desigualdade e da discriminação social. Décadas mais tarde, sua atualidade se mantém. Com dor e revolta, mas também com vitalidade e esperança na construção de um país mais justo, a escrita do poeta negro, muitas vezes comparado a Carlos Drummond de Andrade, é um testemunho poderoso sobre os tempos em que vivemos, um símbolo de luta contra o silenciamento e a opressão histórica. Não pararei de gritar (Companhia das Letras, 176 pp, R$ 49,90) reúne os poemas de Assumpção e foram organizados por Alberto Pucheu.

[24/03/2020 07:00:00]
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