Em ‘Vamos comprar um poeta’ as famílias têm artistas em vez de animais de estimação
Numa sociedade dominada pelo materialismo, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação. É nesse cenário, onde cada espaço tem um patrocinador, cada passo é medido com exatidão, e até a troca dos afetos é contabilizada, que uma menina pede um poeta ao pai. Com humor e leveza, Afonso Cruz conduz, em
Vamos comprar um poeta (Dublinense, 96 pp, R$ 39,90), uma narrativa para fazer pensar sobre o utilitarismo e o papel da arte em um mundo onde tudo precisa ser mensurado. Um título único e perspicaz onde o autor não se abstém dos conflitos, mas os enfrenta por uma via irônica.